🚨 Operação Caseus: 14 toneladas de queijo clandestino são apreendidas em Pernambuco

Produtos estavam armazenados em condições irregulares e com embalagens falsificadas; mercadoria representa risco à saúde pública

Recife e São Bento do Una (PE) — Uma megaoperação deflagrada por órgãos estaduais resultou na apreensão de 14 toneladas de queijo coalho clandestino em Pernambuco. A ação ocorreu em estabelecimentos da Ceasa-Recife, no bairro do Curado, e em uma fábrica clandestina em São Bento do Una, no Agreste.

Batizada de Operação Caseus, a força-tarefa envolveu a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), a Secretaria da Fazenda (Sefaz-PE), a Polícia Militar e a Vigilância Sanitária.

❌ Queijo falsificado e risco à saúde

Durante as inspeções, os fiscais encontraram queijos produzidos sem qualquer autorização sanitária, com embalagens falsificadas contendo selos do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e sem documentação de origem. Parte da mercadoria estava estocada, de forma improvisada, até mesmo em uma concessionária de veículos.

“Eram produtos falsificados, fabricados em locais sem higiene, com rótulos que não correspondiam ao verdadeiro fabricante. Isso representa risco grave à saúde da população”, afirmou Cristiano Aragão, coordenador da Administração Tributária da Sefaz-PE.

Ao todo, nove estabelecimentos foram interditados na Ceasa e outros três em São Bento do Una, incluindo uma fábrica clandestina que abastecia o mercado com os produtos adulterados.

📉 Prejuízo ao consumidor e à cadeia produtiva

Segundo a Sefaz, a comercialização dos queijos ilegais prejudica não apenas o consumidor, mas toda a cadeia produtiva da bacia leiteira.

“O consumidor compra um produto que não recolheu tributos e que não é seguro para o consumo. Já os fabricantes e comerciantes legais enfrentam concorrência desleal, o que ameaça a sustentabilidade do setor”, explicou Aragão.

A operação teve início a partir de denúncias anônimas de comerciantes e consumidores.

⚖️ Próximos passos

Os produtos foram apreendidos e um relatório detalhado será enviado à Polícia Civil, com indícios de possível associação criminosa entre fabricantes clandestinos, atacadistas e distribuidores de embalagens falsas.

“Vamos responsabilizar todos os envolvidos”, declarou o coordenador.

🔍 Como identificar alimentos irregulares?

Durante coletiva à imprensa, o gerente de inspeção da Adagro, Flávio Silva, deu dicas para evitar a compra de produtos clandestinos:

  • Verifique se o rótulo contém o selo de inspeção estadual ou federal (SIE ou SIF);
  • Desconfie de preços muito abaixo do praticado no mercado;
  • Evite comprar alimentos de origem animal de procedência duvidosa.

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