Escândalo no Ministério da Cultura: Servidor Federal Grava Mulheres Nuas em Banheiros por Anos, Com Mais de Mil Vídeos Armazenados
DO METRÓPOLES

Um servidor público federal lotado no Ministério da Cultura, identificado como Pablo Silva Santiago, de 39 anos, também conhecido como Pablo Peligro, está sendo investigado por um crime alarmante: filmar mulheres nuas sem o seu consentimento. A prática criminosa teria ocorrido ao longo de pelo menos sete anos, com Santiago acumulando mais de mil vídeos de mulheres gravadas em banheiros de residências em que morou, de amigos, em festas públicas e privadas, além de locais de grande circulação.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), está à frente da investigação. Na última terça-feira, 13 de maio, agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Pablo Santiago, onde foram encontrados notebooks, celulares e HDs externos contendo evidências do crime. Apesar de toda a materialidade, Pablo não foi preso até o momento.
Além de servidor federal, Pablo Santiago é professor de dança e atuava em uma escola de salsa, onde, segundo investigações preliminares, também teria feito vítimas. Ele se apresenta como músico, DJ, agitador cultural e até engenheiro, além de se autointitular professor de matemática.
A descoberta do crime veio à tona em abril deste ano, quando a então namorada de Pablo (que teve sua identidade preservada por questões de segurança) acessou o computador dele e encontrou milhares de fotos e vídeos íntimos de diversas mulheres. Os arquivos estavam organizados por data e nome das vítimas e continham imagens gravadas desde 2017. As filmagens não se limitavam a mulheres usando banheiros, mas incluíam também cenas de natureza sexual.
Em estado de choque, a jovem confrontou Pablo, que justificou a situação alegando ser “viciado em pornografia”. Porém, a revelação mais perturbadora veio a seguir: ele mostrou à namorada um HD externo adicional, contendo mais vídeos, inclusive dela própria, em momentos privados no banho e no uso do banheiro.
A mulher, ao perceber a magnitude do abuso, descobriu que o suspeito havia gravado ilegalmente mulheres em diversos lugares: nas casas em que morou, no banheiro do salão de beleza da tia dela, na residência de um amigo e até no banheiro da mãe desse amigo.
As investigações continuam em curso, com a Polícia Civil trabalhando para identificar todas as vítimas e entender a extensão do esquema criminoso de gravações não autorizadas.