VÍDEO: 🔫 Ex-PM Executado com Tiros de Fuzil em Boa Viagem Era de Grupo de Extermínio e Morreu por Ordem de Facção, Diz Polícia.

Execução de ex-PM Júnior Black foi ordenada de dentro de presídio e teve apoio de ex-policiais da PB e PE

O ex-policial militar Heleno José do Nascimento, conhecido como Júnior Black, foi executado com tiros de fuzil no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, em julho de 2023. Segundo as investigações da Polícia Civil, o assassinato foi encomendado por uma facção criminosa como retaliação pela morte de dois de seus membros, dias antes, no Sertão de Pernambuco.

Júnior Black, que havia sido expulso da Polícia Militar em 2021, integrava uma quadrilha especializada em roubo de cargas que também atuava como grupo de extermínio. A execução foi orquestrada por integrantes de uma facção rival, que atribuíram a ele a participação direta no duplo homicídio ocorrido em Parnamirim (PE), em uma emboscada que a polícia agora aponta como falsa blitz.

O caso voltou à tona nesta quarta-feira (14), durante coletiva de imprensa da Polícia Civil sobre a Operação Vendeta, deflagrada nesta semana. A ação cumpriu quatro mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento no assassinato. Um dos mandantes, segundo a polícia, estava preso no Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana, e deu a ordem de execução de dentro da unidade.

Esse detento já havia sido alvo da Operação La Catedral, da Polícia Federal, que investigou um esquema de propina, luxo e regalias dentro do presídio — conhecido como “resort do crime”. Por conta disso, ele foi transferido no ano passado para uma penitenciária de segurança máxima em Campo Grande (MS).

Além dele, outros quatro criminosos participaram diretamente da execução. Três foram capturados durante a operação, enquanto um continua foragido. Com os suspeitos, a polícia apreendeu sete armas de fogo, munições e documentos falsos. Um dos presos é ex-integrante das forças de segurança e usava uma carteira funcional falsificada.

O delegado Jorge Pinto, subchefe do Grupo de Operações Especiais (GOE), afirmou que a motivação da morte remonta ao assassinato de dois membros da facção em Parnamirim, ligados ao tráfico e ao roubo de cargas. “Essas execuções foram motivadas por desacertos entre grupos criminosos rivais que atuavam em esquema de desvio de cargas. Uma das vítimas era considerada liderança importante no crime organizado do Sertão”, explicou.

Júnior Black foi alvejado ao sair de um restaurante, dentro de um carro, na esquina das ruas Dr. João Guilherme Pontes Sobrinho e Ernesto de Paula Santos. Uma mulher de 54 anos que passava pelo local também foi atingida e morreu na hora. Câmeras de segurança registraram o ataque brutal (veja vídeo acima).

A Polícia Civil afirma que o grupo investigado tem envolvimento em diversos crimes, incluindo homicídios, assaltos a bancos, tráfico, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos. As investigações continuam para localizar o quinto envolvido e aprofundar conexões interestaduais da quadrilha.

Cenas do assassinato do ex-PM Júnior Black

📆 Linha do Tempo: Execução do ex-PM Júnior Black e a guerra entre facções no PE


🔙 2021

Júnior Black é expulso da PM
Heleno José do Nascimento, o Júnior Black, é desligado da Polícia Militar de Pernambuco por envolvimento em atividades ilícitas.


⚔️ 13 de julho de 2023

Duplo homicídio em Parnamirim (PE)
Dois membros de uma facção criminosa são mortos em uma emboscada armada por um grupo rival. A polícia revela que se tratava de uma falsa blitz em um ponto da BR-316.
🔍 Investigação posterior aponta a participação de Júnior Black no crime.


☠️ 17 de julho de 2023

Execução em Boa Viagem (Recife)
Júnior Black é assassinado com vários tiros de fuzil após sair de um restaurante. Ele estava dentro de um carro.
🚶‍♀️ Uma mulher de 54 anos que passava pelo local também é atingida e morre.
📹 Câmeras de segurança registram o ataque.


🕵️‍♂️ Setembro de 2023

Preso manda matar de dentro do presídio
A polícia descobre que a ordem para matar o ex-PM partiu de um detento do Presídio de Igarassu, envolvido em diversos crimes e investigado na Operação La Catedral.


🚨 14 de maio de 2025

Operação Vendeta é deflagrada
A Polícia Civil cumpre quatro mandados de prisão contra suspeitos de participação na execução.
🔫 Com os presos, são apreendidas 7 armas de fogo, munições e documentos falsos.
🏛️ Mandante do crime já havia sido transferido para presídio federal em Campo Grande (MS).


⚖️ Situação Atual

  • 3 envolvidos presos
  • 1 suspeito foragido
  • Investigações continuam para desarticular grupo envolvido com homicídios, tráfico, roubo de cargas e lavagem de dinheiro.

Execução de ex-PM Júnior Black foi ordenada de dentro de presídio e teve apoio de ex-policiais da PB e PE

Heleno José do Nascimento, o ex-policial militar conhecido como Júnior Black, foi executado a tiros de fuzil em plena luz do dia, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, no dia 17 de julho de 2023. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, o assassinato foi encomendado por uma facção criminosa em retaliação direta ao envolvimento de Black em um duplo homicídio ocorrido quatro dias antes, no município de Parnamirim, no Sertão do Estado.

As revelações vieram à tona durante a Operação Vendeta, deflagrada nesta terça-feira (13), pela Delegacia de Operações Especiais (GOE) da PCPE. Segundo a investigação, a ordem de execução partiu de dentro do Presídio de Igarassu, usando celulares clandestinos. O mandante é um detento que era braço direito de um dos chefes do crime organizado morto no episódio de Parnamirim.

“A execução foi uma resposta direta à morte de dois integrantes da quadrilha, um deles de alta posição hierárquica, assassinados em uma falsa blitz no Sertão”, afirmou o delegado Jorge Pinto, subchefe do GOE.

Crime com assinatura de facção e apoio de ex-policiais

A execução de Júnior Black ocorreu quando ele saía de um restaurante e foi surpreendido na esquina das ruas Dr. João Guilherme Pontes Sobrinho e Ernesto de Paula Santos. Ele estava dentro de um carro quando foi alvejado por dezenas de disparos. Uma mulher de 54 anos que passava pelo local foi atingida por bala perdida e também morreu.

A operação identificou a atuação de ex-integrantes das forças de segurança de Pernambuco e da Paraíba no assassinato. Um dos alvos dos mandados chegou a ser expulso da Polícia Militar da Paraíba, mas continuava se passando por policial da ativa, usando fardas falsas e documentos forjados para atuar em ações criminosas.

Facção envolvida também em roubo de cargas, homicídios e lavagem de dinheiro

Segundo as investigações, Júnior Black integrava uma organização criminosa que atuava em roubo de cargas, assaltos a bancos, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e também como grupo de extermínio. A disputa por cargas roubadas teria motivado o duplo homicídio em Parnamirim, que culminou na retaliação.

Durante a Operação Vendeta, foram cumpridos quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Caetés (PE) e Campo Grande (MS). Entre os materiais apreendidos, estavam um fuzil, espingardas, pistolas e vasta munição.

O mandante do crime foi transferido em 2024 para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, após o avanço das investigações que o ligaram também à Operação La Catedral, da Polícia Federal, que revelou um esquema de propina e regalias no Presídio de Igarassu — apelidado de “resort do crime”.

Resumo da linha do tempo

  • 13 de julho de 2023: Duplo homicídio em Parnamirim (PE), atribuído a Júnior Black e comparsas, por disputa em roubo de cargas.
  • 17 de julho de 2023: Júnior Black é executado com tiros de fuzil em Boa Viagem. Mulher morre atingida por bala perdida.
  • 2023–2024: Investigação aponta ordem de execução de dentro do Presídio de Igarassu, com envolvimento de facção e ex-policiais.
  • 13 de maio de 2025: Operação Vendeta cumpre mandados e prende suspeitos; um foragido permanece em aberto.
  • 14 de maio de 2025: Polícia Civil detalha em coletiva o envolvimento da facção, o uso de celulares no presídio e os vínculos com ex-militares.

A polícia segue em busca do último foragido e reforça que a facção envolvida no crime possui atuação interestadual. O caso se tornou emblemático da infiltração de milicianos e ex-agentes no crime organizado em Pernambuco.

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