🚨 Colchões rasgados, buracos no teto e falta de remédios: oposição denuncia abandono no Hospital da PM em Pernambuco

Deputados estaduais da oposição ao governo de Raquel Lyra denunciaram, nesta quarta-feira (14), um cenário de abandono no Hospital da Polícia Militar de Pernambuco, localizado no bairro do Derby, área central do Recife. A vistoria foi realizada por uma comissão da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), após cobranças públicas feitas em plenário na véspera.
Segundo os parlamentares, a unidade sofre com falta de medicamentos, equipamentos básicos e infraestrutura precária. Imagens feitas durante a visita mostram colchões rasgados, cadeiras deterioradas, buracos no teto e paredes, portas com fechaduras improvisadas e quartos sem ar-condicionado.
“O hospital está sucateado. O que vimos hoje comprova o que já vínhamos denunciando. Isso aqui é inaceitável para qualquer servidor, muito menos para quem protege a população”, declarou o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB).
Além de Porto, participaram da vistoria os deputados Coronel Alberto Feitosa (PL), Joel da Harpa (PL), Abimael Santos (PL), Junior Matuto (PSB) e Cayo Albino (PSB).
Promessa após pressão
A visita ocorreu um dia após um debate acalorado no plenário da Alepe sobre a crise na segurança pública do Estado. Segundo os parlamentares, a repercussão forçou uma reação emergencial do governo.
“De ontem para hoje, já apareceu uma força-tarefa no hospital. Disseram que foi liberado R$ 60 milhões para reforma e compra de insumos. Mas tudo é promessa. A gente quer ver obra, licitação, execução,” afirmou Álvaro Porto.
SDS responde
Em nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) afirmou que o hospital “vem passando por melhorias contínuas” e que os serviços seguem funcionando normalmente. A pasta negou que existam quartos interditados por falta de ar-condicionado e prometeu normalizar os atendimentos oncológicos até o final da semana.
A secretaria também informou que cirurgias de cabeça e pescoço estão sendo realizadas por meio da rede credenciada, conforme previsto no fluxo do SUS.
Apesar da resposta oficial, os parlamentares afirmaram que irão ampliar as fiscalizações.
“Se for preciso, vamos rodar Pernambuco inteiro. Onde a Assembleia pisa, o governo se mexe”, concluiu o presidente da Casa.