💄 Erika Hilton reage a polêmica por contratar maquiadores no gabinete: “É perseguição política disfarçada de denúncia”

Deputada diz que assessores atuam em funções parlamentares e nega desvio de finalidade; caso foi levado ao Conselho de Ética e à PGR

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) rebateu nesta terça-feira (24) as críticas sobre a contratação de dois maquiadores como secretários parlamentares em seu gabinete na Câmara. Em post nas redes sociais, ela classificou a repercussão como uma “invenção” com motivação política e afirmou estar sofrendo “perseguição disfarçada de escândalo”.

Os profissionais em questão são Ronaldo Hass, que recebe R$ 9.678,22, e Índy Montiel, com salário de R$ 2.126,59. Ambos já foram vistos maquiando a deputada em eventos públicos, o que gerou questionamentos da oposição sobre um possível desvio de função.

“Eles são meus secretários parlamentares e atuam em comissões, reuniões, produção de relatórios, briefings e agendas institucionais em São Paulo, Brasília e no exterior. Quando podem, também me maquiam, e por isso os credito publicamente. Mas isso não define suas funções”, disse Erika.

⚖️ Oposição aciona Conselho de Ética e PGR

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara e outra à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Erika, acusando-a de improbidade administrativa e dano ao erário. Segundo ele, os assessores exercem função “particular e pessoal”, o que seria vedado pelo regimento da Casa.

“Não há qualquer indício concreto de que exerçam atividades compatíveis com o cargo de secretário parlamentar”, diz o documento enviado por Bilynskyj, que também pede que a deputada ressarça os cofres públicos.

Erika, por sua vez, ironizou a denúncia:

“Essa gente quer nos deslegitimar por fazermos política fora dos moldes antigos, por termos pautas que incomodam o poder econômico e conservador. Isso não é sobre maquiagem, é sobre minha atuação.”

💬 “Que explodam por dentro”

A deputada finalizou a nota em tom combativo:

“Que a indigestão dessa gente comigo continue se acumulando. Que os exploda por dentro. Aqui seguiremos trabalhando — comigo, com Ronaldo, com Índy e com tanta gente extremamente qualificada.”

📜 O que diz o regimento da Câmara?

O regimento interno da Câmara proíbe expressamente a contratação de funcionários para serviços de natureza exclusivamente particular, como motoristas ou maquiadores, quando essas funções não forem compatíveis com as atividades institucionais.

A defesa da deputada sustenta que nenhuma irregularidade foi cometida, já que os contratados atuam como assessores e só eventualmente realizam a maquiagem de forma acessória.

O caso segue sob análise do Conselho de Ética e pode gerar desdobramentos judiciais, caso o Ministério Público acolha o pedido de investigação feito pela oposição.

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