🚨 PF: BOLSONARO MANDOU +300 MENSAGENS PARA DRIBLAR STF E MOBILIZAR APOIADORES

A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou burlar medidas cautelares impostas pelo STF ao enviar mais de 300 mensagens, vídeos e áudios via WhatsApp para que terceiros publicassem em suas redes sociais.

De acordo com o relatório final, os conteúdos tratavam de convocações para atos pró-Bolsonaro, críticas às sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, além de vídeos de apoio de Donald Trump e pedidos de mobilização no Brasil.

O material foi obtido a partir de aparelhos apreendidos pela PF. Para os investigadores, a estratégia do ex-presidente repete o modus operandi das “milícias digitais”, com o objetivo de manter sua influência política mesmo sob restrições judiciais.

Entre os episódios citados, está uma conversa com o deputado Capitão Alden (PL-BA), que pediu um áudio de Bolsonaro para manifestantes em Salvador. Inicialmente resistente, o ex-presidente acabou enviando um vídeo gravado por terceiros, que circulou no ato. Pouco depois, Bolsonaro também falou por ligação com apoiadores em eventos na Bahia e no Rio de Janeiro — este último episódio acabou pesando para a decretação de sua prisão domiciliar.

Além disso, a PF apontou que Bolsonaro omitiu informações financeiras em depoimento no Inquérito 4.995. Ele declarou ter repassado R$ 2 milhões ao filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mas documentos revelaram movimentações maiores, incluindo uma transferência do mesmo valor para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em 4 de junho de 2025, véspera de um interrogatório na corporação. Para a PF, as operações indicam tentativa de blindagem patrimonialcontra bloqueios judiciais.

O relatório final levou ao indiciamento de Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito no âmbito da ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe entre 2022 e 2023.

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