🚨 Preso por ameaçar Felca é apontado como líder de rede que hackeou sistemas do governo

Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, preso nesta segunda-feira (25/8) em Olinda (PE) por ameaçar de morte o youtuber Felca, é acusado de chefiar uma organização criminosa que hackeava órgãos públicos e explorava menores de idade.

Segundo a Polícia Civil de São Paulo, Cayo — que usava os codinomes F4llen e Lucifage — invadiu sistemas de alta segurança, incluindo malotes digitais do Judiciário, o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), a Receita Federal e até bases de dados das polícias civis de São Paulo, Ceará e Pernambuco. O Tribunal de Justiça paulista destacou que o jovem demonstrava “grau de periculosidade e desprezo pelas instituições estatais que transcende a criminalidade comum”.

Além de Cayo, um adolescente de 17 anos também exercia papel central no grupo, já apontado como responsável por vitimar ao menos 400 pessoas. Entre os crimes investigados estão estupro virtual de menores, incentivo à automutilação, massacre de animais e apologia ao nazismo.

🔴 Ameaças e perseguições
O grupo passou a ameaçar Felca após o youtuber expor casos de pedofilia e “adultização” de crianças na internet, em um vídeo que ultrapassou 48 milhões de visualizações. As intimidações também atingiram a psicóloga Ana Dornellas Chamati, que participou da denúncia. Mensagens violentas enviadas por Cayo e pelo comparsa citavam familiares e descreviam formas brutais de violência.

🔴 Fraude contra Felca
Investigações revelaram ainda que Cayo inseriu, de forma fraudulenta, um pedido de prisão preventiva contra Felca no Banco Nacional de Mandados de Prisão. O mesmo recurso era usado para chantagear vítimas e “clientes” que não pagavam pelos serviços ilegais da quadrilha.

🔴 Propaganda criminosa
As ações eram divulgadas abertamente em redes sociais mantidas por Cayo. Para investigadores, o hacker se tornou peça-chave de uma estrutura chamada “Country”, que lucrava vendendo acessos ilegais e manipulando dados sigilosos.

O adolescente e Cayo permanecem sob custódia. A Justiça de São Paulo deve decidir se a prisão temporária será convertida em preventiva.

A Polícia Civil de São Paulo, em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco, prendeu nesta segunda-feira (25) Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, acusado de fazer ameaças de morte ao youtuber e humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. A prisão ocorreu em Olinda, Região Metropolitana do Recife, durante a Operação Chave Mestra, que também resultou na detenção de outro jovem, identificado como Paulo Vinícius, flagrado acessando ilegalmente sistemas da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE).

Segundo as investigações, Cayo Lucas fazia parte de uma rede criminosa de exploração sexual de crianças e adolescentes. A quadrilha usava plataformas como o Discord para promover “desafios da internet” que resultavam em estupro virtual e venda de vídeos e imagens de vítimas. O delegado Guilherme Caselli, de São Paulo, afirmou que o suspeito lucrava ao comercializar acessos a conteúdos ilegais e informações sigilosas extraídas de sistemas do Judiciário e das secretarias de segurança de vários estados.

Ameaçado desde que publicou, em 6 de agosto, um vídeo-denúncia sobre a “adultização” de crianças nas redes sociais, Felca recebeu diversos e-mails de intimidação. Em um deles, o remetente dizia: “prepara pra morrer” e “você vai pagar com a sua vida”. Os investigadores apontam que os ataques ocorreram logo após o youtuber expor casos envolvendo o influenciador Hytalo Santos, acusado de usar menores em seus conteúdos.

Na coletiva, o delegado Eronides Meneses, da Delegacia de Crimes Cibernéticos de Pernambuco, destacou que Cayo e Paulo viviam em casas próximas em Olinda e se associavam para praticar os crimes. No momento da prisão, a polícia encontrou o computador de Cayo aberto, acessando plataformas internas de segurança pública.

Ambos foram autuados por invasão de dispositivo informático (artigo 154-A do Código Penal), crime que pode render até cinco anos de prisão. A Polícia Civil de São Paulo pediu a transferência de Cayo para um presídio paulista, onde responderá também por associação criminosa e ameaça.

Apesar do risco, Felca afirmou que não pretende recuar. “Eu mantenho a cautela, mas estou fazendo algo mais importante do que eu. Não vou conseguir parar”, declarou o influenciador, que já reforçou a segurança pessoal com carro blindado e escolta.

O caso reacende o alerta sobre a necessidade de políticas rígidas para proteção de crianças na internet e o combate às redes criminosas que exploram vulnerabilidades digitais para cometer abusos.

📌 Destaques da Reportagem

Prisão em Olinda

  • Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, foi preso em Olinda (PE) nesta segunda-feira (25).
  • Outro suspeito, Paulo Vinícius, também foi detido, flagrado acessando sistemas da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.

Ameaças a Felca

  • O youtuber Felca denunciou a “adultização” de crianças em redes sociais em vídeo de 6 de agosto.
  • Após a publicação, passou a receber ameaças de morte e falsas acusações de pedofilia.
  • Em e-mails enviados, os criminosos escreveram frases como “prepara pra morrer” e “você vai pagar com a sua vida”.

Ligação com exploração de menores

  • Cayo Lucas é investigado por envolvimento em rede de exploração sexual infantil em plataformas como o Discord.
  • Delegados apontam que a quadrilha lucrava com a venda de vídeos e fotos de vítimas de estupro virtual, usando os chamados “desafios da internet”.

Atuação criminosa

  • Segundo a polícia, Cayo também vendia acessos a informações sigilosas invadindo sistemas de secretarias de segurança e do Judiciário em vários estados.
  • Embora tivessem conhecimento de informática, os suspeitos são chamados de “oportunistas”, que compravam acessos e vulnerabilidades em bancos de dados.

Procedimentos legais

  • Ambos foram autuados por invasão de dispositivo informático (art. 154-A do Código Penal), crime que pode gerar pena de até 5 anos de prisão.
  • A Polícia Civil de SP pediu a transferência de Cayo para um presídio paulista.
  • A Justiça ainda decidirá se a prisão em flagrante será convertida em preventiva.

Repercussão

  • O caso reacende o debate sobre segurança digital e proteção de crianças nas redes sociais.
  • Felca afirmou que, apesar das ameaças, “não vai parar” de denunciar a exploração infantil na internet.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *