🚨 Cinco presos em Pernambuco por fabricar bebidas falsificadas em meio à crise do metanol

Operações em Garanhuns e no Recife apreenderam 1,5 mil garrafas adulteradas com risco à saúde; produtos imitavam marcas conhecidas como Montilla e Dreher.
Cinco pessoas foram presas em Pernambuco suspeitas de participar de um esquema de falsificação e venda de bebidas alcoólicas adulteradas, em meio à crescente preocupação com os casos de intoxicação por metanol no país.
As prisões ocorreram na segunda-feira (6), durante operações da Polícia Civil em Garanhuns, no Agreste, e no Recife.
Em Garanhuns, os agentes localizaram um galpão no bairro Aloísio Pinto, de onde vinham forte cheiro de álcool e barulhos de envase. No local, três homens foram presos em flagrante.
A equipe também descobriu um segundo depósito no bairro Viana Moura, onde havia lacres, tonéis de álcool e rótulos de marcas famosas.
Ao todo, 1.500 garrafas falsificadas foram apreendidas, junto com equipamentos usados na produção.
“Era uma fábrica clandestina, em condições completamente inadequadas de higiene e segurança”, relatou o perito Kleber Rosalvo Alencar Cardoso, da Unidade de Polícia Científica do Agreste Meridional.
“O ambiente era sujo, com risco de incêndio e contaminação, e armazenava grandes quantidades de álcool, papel e garrafas reaproveitadas.”
Segundo o delegado Victor Hugo, os produtos seriam distribuídos no comércio local e em cidades vizinhas.
O material apreendido foi encaminhado ao Laboratório de Química Forense, no Recife, onde será analisado para identificar o teor alcoólico e a presença de substâncias tóxicas, como o metanol.
⚠️ Fábrica clandestina no Recife
Na capital, dois homens foram presos em flagrante em uma fábrica clandestina no bairro de San Martin, na Zona Oeste.
A prisão da dupla, identificada como Bruno Eleotério Mendes e Carlos Henrique Souza de Arruda, foi convertida em preventiva.
Eles são acusados de falsificação de produto alimentício, crime contra as relações de consumo, concorrência desleal, uso indevido de marca empresarial e crimes contra a ordem tributária.
De acordo com a polícia, as investigações continuam para identificar outros envolvidos na cadeia de distribuição das bebidas adulteradas.