🇧🇷🇺🇸 Primeiro dia de negociação entre EUA e Brasil termina sem avanços, e tarifaço é mantido
O primeiro dia de negociações entre Estados Unidos e Brasil terminou sem acordo e com a manutenção das tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros. A reunião aconteceu neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, e reuniu diplomatas e ministros dos dois países.
Segundo o chanceler Mauro Vieira, as partes concordaram em criar um cronograma de encontros nas próximas semanas para buscar um consenso.
“Concordamos em trabalhar para construir um acordo satisfatório para ambas as partes. Um calendário de reuniões já foi definido, com foco nos setores mais afetados pelas tarifas”, afirmou o ministro.
Participaram da reunião, pelo Brasil, Mauro Vieira, o secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, e o assessor especial da Presidência, Audo Faleiro. Pelo lado americano, estiveram presentes o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial, Jamieson Greer. O secretário de Estado, Marco Rubio, não compareceu.
⚖️ Brasil cobra suspensão imediata das taxas
O governo brasileiro reiterou o pedido para suspensão imediata das tarifas, enquanto durar o processo de negociação.
Vieira afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer um diálogo “em pé de igualdade” e sem imposições políticas.
Já o secretário Márcio Elias Rosa classificou as taxas como “excessivas e sem base técnica”, mas avaliou que o encontro foi produtivo:
“Estamos num cenário mais positivo do que há alguns dias. O presidente Trump orientou sua equipe a celebrar um acordo com o Brasil em poucas semanas.”
Nos próximos dias, uma delegação brasileira viajará a Washington para continuar as conversas.
💬 Lula: “Questões políticas serão tratadas entre presidentes”
Após a reunião, Lula disse que as negociações econômicas ficarão a cargo dos ministros e secretários, enquanto as questões políticas, como as sanções aplicadas a autoridades brasileiras, serão discutidas diretamente com o presidente Donald Trump.
“Quem vai discutir política nesse negócio sou eu e o Trump. Eles vão tratar das taxações comerciais. As punições e legislações são questões políticas, que resolveremos entre presidentes”, declarou Lula.
📉 EUA cobram concessões
De acordo com interlocutores, o governo Trump quer que o Brasil reduza tarifas sobre o etanol americano, abra o mercado de terras raras e permita maior acesso às compras governamentais — condições consideradas estratégicas para os EUA.
Essas exigências esfriaram o otimismo inicial, e o impasse frustrou setores do agronegócio e da indústria exportadora, que esperavam um gesto imediato de Trump após a reunião com Lula.

🗣️ Clima amistoso, mas sem acordo
Trump classificou o encontro como “muito bom”, mas admitiu que ainda não há garantias de entendimento.
“Não sei se algo vai acontecer. Vamos ver. Eles gostariam de fazer um acordo”, afirmou o republicano ao embarcar de volta para os EUA.
Enquanto isso, Lula disse estar convencido de que haverá acordo em breve:
“Se depender de mim e de Trump, vai ter acordo.”
📰 Resumo:
• 🇧🇷🇺🇸 Negociações em Kuala Lumpur não avançam;
• Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros continua;
• EUA exigem concessões em etanol, minérios e licitações;
• Nova rodada ocorrerá em Washington;
• Lula e Trump devem discutir temas políticos diretamente.
🇧🇷🇺🇸 Entre o otimismo e o impasse: 1º dia de negociações entre Brasil e EUA termina sem avanços e tarifaço continua
O governo brasileiro deixou Kuala Lumpur, na Malásia, com discurso de otimismo, mas sem nenhum resultado práticoapós o primeiro dia de negociações com os Estados Unidos.
As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros — impostas pelo governo de Donald Trump — foram mantidas, e não houve acordo nem promessa concreta de reversão.
🗣️ Discurso otimista, resultados nulos
O chanceler Mauro Vieira afirmou que o encontro foi “positivo” e que um cronograma de reuniões foi estabelecido para as próximas semanas.
“Concordamos em trabalhar para construir um acordo satisfatório para ambas as partes”, disse o ministro, evitando admitir o impasse.
Na prática, porém, o que se viu foi apenas o anúncio de futuras conversas, sem qualquer sinalização imediata de alívio tarifário.
Nem mesmo a suspensão temporária das taxas, solicitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi atendida.
⚖️ Brasil fala em avanço; EUA mantêm pressão
Enquanto o Itamaraty tenta transmitir a imagem de avanço diplomático, a Casa Branca continua endurecendo o jogo.
Fontes ligadas à negociação revelaram que o governo Trump exige contrapartidas expressivas do Brasil — como a redução da tarifa sobre o etanol americano, acesso a minérios estratégicos e participação em licitações públicas brasileiras.
Essas condições transformam o que o governo chamou de “diálogo construtivo” em uma negociação assimétrica, onde o Brasil tem muito a perder e pouco a oferecer em troca imediata.
💬 Lula mantém o tom de confiança — e minimiza o impasse
Após o encontro, Lula preferiu manter o discurso de confiança e destacou que as “questões políticas” — como as sanções impostas a autoridades brasileiras — serão tratadas diretamente entre ele e Trump.
“Quem vai discutir política sou eu e o Trump. Eles [os ministros] vão tratar apenas das questões comerciais”, afirmou.
O presidente também disse acreditar que um acordo “sairá em poucos dias”, mas a declaração soou mais como gesto político do que como uma avaliação realista da situação.
📉 Contraste entre o clima e os fatos
Apesar do tom amistoso e das fotos de aperto de mão, o resultado concreto da viagem foi nulo.
Trump elogiou Lula, desejou-lhe feliz aniversário e afirmou ter “muito respeito pelo Brasil” — mas deixou claro que a decisão sobre as tarifas ainda não foi tomada.
“Não sei se algo vai acontecer. Vamos ver”, declarou o republicano, ao embarcar de volta aos Estados Unidos.
O contraste entre a narrativa diplomática do “avanço político” e o cenário real de estagnação expõe um ponto sensível:
O Brasil saiu da Malásia com promessas vagas, nenhuma concessão americana e um tarifaço de 50% ainda em vigor.
🧭 Resumo do impasse
- 🇧🇷 Brasil fala em avanço diplomático, mas não obteve nenhum resultado concreto.
- 🇺🇸 EUA mantêm tarifaço de 50% e cobram concessões em etanol, minérios e compras públicas.
- 🗓️ Novo cronograma de reuniões deve ocorrer em Washington, sem data definida.
- 🤝 Lula e Trump devem discutir pessoalmente temas políticos, sem previsão de novo encontro.
- 💬 Otimismo brasileiro contrasta com a postura fria e pragmática americana.
📍Análise:
O governo Lula tenta vender como “avanço” o simples fato de Trump aceitar conversar, mas o saldo da viagem é simbólico — nenhum resultado econômico, nenhuma mudança tarifária e nenhuma concessão concreta.
Enquanto o discurso é de “otimismo diplomático”, a realidade permanece travada nas planilhas comerciais de Washington.