🚨 DELAÇÃO-BOMBA: Operador entrega lista com 10 nomes e expõe engrenagem do megaesquema no INSS

Maurício Camisotti — apontado pela Polícia Federal como um dos principais operadores do esquema que drenou bilhões de reais de aposentados — firmou acordo de colaboração premiada já homologado pelo ministro André Mendonça, do STF. A delação detonou uma nova fase da Operação Sem Desconto, que resultou em prisões, buscas e apreensões nesta quinta-feira (13).
Com base no que Camisotti revelou, a PF prendeu Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, e André Fidelis, ex-diretor de Benefícios. Também foi decretada a prisão do ex-procurador Virgílio de Oliveira, que está foragido. Além disso, agentes cumpriram mandados contra o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira.
🔎 A lista entregue pelo delator inclui:
- Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS
- Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS” – lobista e operador do esquema
- André Fidelis – ex-diretor de Benefícios do INSS
- Virgílio de Oliveira Filho – ex-procurador do INSS
- Cecília Rodrigues Mota – ligada à Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB)
- Maria Liduína Pereira de Oliveira – AAPB
- Maria Ferreira da Silva – AAPB
- Raimunda Cunha – AAPB
- José Lins de Alencar Neto – AAPB
- Maurício Camisotti – o próprio delator, que assumiu participação nos crimes
📌 O que a delação revelou
Segundo Camisotti, o grupo atuava por meio da afiliação fraudulenta de aposentados a associações fantasmas, que apareciam formalmente como prestadoras de serviços, mas serviam apenas para justificar descontos indevidos em benefícios previdenciários. Parte do dinheiro era desviada para dirigentes, operadores e facilitadores do esquema.
A investigação estima que o prejuízo pode ultrapassar bilhões de reais entre 2019 e 2024.
🔥 1️⃣ PRESIDENTE DA CPMI CONFIRMA: CAMISOTTI NEGOCIA DELAÇÃO
Senador Carlos Viana diz que o operador do esquema bilionário do INSS está em tratativas para entregar todos os envolvidos.
🧨 2️⃣ “ARQUIVO VIVO” DO INSS PODE EXPLODIR O ESQUEMA
Maurício Camisotti é apontado como peça-chave das fraudes que drenaram bilhões de aposentados.
🚨 3️⃣ OUTROS INVESTIGADOS JÁ QUEREM CONFESSAR
Segundo Viana, há alvos da PF dispostos a delatar comparsas para reduzir penas.
🕵️♂️ 4️⃣ VIANA TEVE ACESSO A BASTIDORES SIGILOSOS NO STF
O senador se reuniu com o ministro André Mendonça, que compartilhou informações da investigação sob sigilo.
⚖️ 5️⃣ NOVAS PRISÕES VÃO ACONTECER, DIZ PRESIDENTE DA CPMI
Viana afirma que mais nomes — inclusive parlamentares — já estão na mira da Corte.
🧱 6️⃣ CPMI COMPLETA 90 DIAS SEM AVANÇAR
Comissão está “parada”, esvaziada pelo bloqueio de governo e oposição, e tenta surfar em operações da PF para mostrar serviço.
💣 7️⃣ ESQUEMA BILIONÁRIO SEGUE DESMORALIZANDO O INSS
Fraudes envolveram descontos ilegais na conta de aposentados e favorecimento a associações fantasmas.
COLUNISTA DE O GLOBO DÁ VERSÃO
Escândalo do INSS: delação da peça-chave do esquema bilionário trava e Brasília entra em alerta máximo
Peça central no esquema que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentadorias, o empresário Maurício Camisotti tentou nas últimas semanas fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Mas, segundo fontes que acompanham o caso, as negociações emperraram.
Investigado como sócio oculto de entidades que realizaram descontos indevidos em milhares de segurados do INSS, Camisotti provocou pânico nos bastidores políticos apenas ao sinalizar que poderia colaborar. Deputados e senadores de diferentes partidos temem ser arrastados para o centro do escândalo a menos de um ano das próximas eleições.
Preso desde setembro, Camisotti é apontado pela PF — junto com Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”— como um dos arquitetos do esquema bilionário. A investigação afirma que ele controlava três entidades que movimentaram mais de R$ 1 bilhão, embolsando pelo menos R$ 43 milhões.
Apesar do interesse inicial, a PF avalia que o empresário não demonstrou disposição real para cumprir os requisitos básicos de uma delação: apresentar fatos inéditos e devolver parte dos recursos desviados. Sem isso, o acordo não avança.
A prisão preventiva de Camisotti foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do STF, após alertas de que o investigado tinha “influência política”, grande movimentação financeira e risco de fuga. Em outubro, a Segunda Turma manteve — por unanimidade — a prisão dele e do “Careca”.
As investigações apontam que o empresário sacou R$ 7,2 milhões em espécie entre 2018 e 2025, segundo relatório do Coaf. Para a PF, há indícios claros de lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.
A CPI do INSS já aprovou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Camisotti e sua convocação para depor — o que ainda não ocorreu.
Procurada, a defesa negou qualquer negociação de delação e disse que Camisotti “jamais se beneficiou de desvio ou fraude”. As informações da reportagem estão mantidas.