💰 PF aponta movimentações suspeitas de R$ 30 milhões ligadas a assessores do PL no RJ

A Polícia Federal identificou movimentações financeiras que somam quase R$ 30 milhões envolvendo assessores ligados a dois deputados do Partido Liberal do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, auxiliares dos deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy teriam realizado operações consideradas suspeitas entre 2018 e 2024, com valores incompatíveis com a renda declarada.

No caso de Sóstenes Cavalcante, um assessor especial é apontado como responsável por movimentar cerca de R$ 11 milhões, principalmente entre 2023 e 2024. Um parente desse assessor teria movimentado outros R$ 4 milhões. Já no núcleo ligado a Carlos Jordy, um assessor teria feito transações que somam R$ 6 milhões e é tratado pela PF como possível operador do esquema. Outra investigada aparece com movimentações de aproximadamente R$ 7 milhões, parte delas com recursos identificados como oriundos da Câmara dos Deputados.

A principal suspeita da Polícia Federal é o uso de uma locadora de veículos como empresa de fachada para o desvio de recursos da cota parlamentar, prática vedada pelas normas internas da Casa. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e, durante as buscas, os agentes apreenderam R$ 430 mil em dinheiro vivo no apartamento de Sóstenes Cavalcante, em Brasília.

Os deputados negam irregularidades. Carlos Jordy afirma ser vítima de perseguição política. Sóstenes Cavalcante sustenta que o assessor investigado atua como seu motorista e que as movimentações financeiras teriam outra origem. A Polícia Federal, no entanto, destaca a existência de indícios robustos de desvio de verba pública e informa que a quebra de sigilo bancário foi autorizada para rastrear o caminho do dinheiro. O deputado Sóstenes, além de se defender, reagiu atacando a condução da investigação.

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