💉 Receita Federal apreende 389 canetas de Mounjaro no Aeroporto do Recife; carga vale R$ 1 milhão

Medicamento usado para diabetes e perda de peso era transportado sem receita, sem refrigeração e sem autorização da Anvisa
Uma carga contendo 389 canetas do medicamento Mounjaro, avaliada em cerca de R$ 1 milhão, foi apreendida na madrugada deste sábado (13) pela Receita Federal no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, no Recife.
Segundo a Receita, o material estava na bagagem de um passageiro vindo do Reino Unido e era transportado de forma irregular: em grande quantidade, sem receita médica, sem refrigeração adequada e sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O homem estava viajando sozinho e foi liberado após a retenção da carga, mas poderá responder a processo criminal e perder toda a mercadoria.
O Mounjaro, fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, é um medicamento indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, mas ganhou popularidade por seu efeito colateral de perda de peso, superior ao do conhecido Ozempic (semaglutida). Apesar de já ter sido aprovado pela Anvisa em 2023, o remédio ainda não está à venda nas farmácias brasileiras, com previsão de chegada em 7 de junho deste ano.
Outro agravante identificado pela Receita Federal foi a falta de refrigeração da carga. O medicamento exige transporte entre 2°C e 8°C, sob risco de perda de eficácia.
A Receita alertou que a importação de medicamentos deve seguir regras rígidas, incluindo prescrição médica e autorização da Anvisa, além do respeito às condições de transporte e armazenamento.
“Medicamentos só podem ser importados com documentação específica. A legislação é clara quanto à proibição de comercialização sem autorização da Anvisa”, reforçou o órgão em nota.
O caso chama atenção pela crescente busca por medicamentos como o Mounjaro e Ozempic para fins estéticos, mesmo sem prescrição adequada, o que tem gerado preocupação entre especialistas em saúde pública.