⚠️ Tragédia em Muro Alto: Casal estava sem colete e barco foi “sugado” por correnteza, diz advogado
Médico e advogada estavam em embarcação leve quando foram arrastados por correnteza em área aparentemente segura, segundo defesa. Mulher morreu após naufrágio.

A defesa do médico Seráfico Júnior, de 55 anos, afirmou nesta sexta-feira (27) que ele e a namorada, a advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38, não usavam coletes salva-vidas no momento do naufrágio que resultou na morte da mulher. A tragédia ocorreu no último sábado (21), em Muro Alto, Ipojuca (PE), e é investigada pela Polícia Civil e pela Marinha.
Segundo o advogado Ademar Rigueira, o casal estava em uma “embarcação miúda” movida a vela, apropriada para águas rasas e protegidas por arrecifes. O barco, segundo ele, foi sugado pela correnteza e acabou virando ao bater nos arrecifes.
“Eles estavam em uma área com cerca de 1,5 metro de profundidade, protegida por arrecifes. Apesar de não estarem com coletes, era comum circular ali sem esse equipamento. Vídeos mostram outras pessoas navegando da mesma forma”, disse Rigueira em entrevista coletiva.
O advogado afirmou ainda que a embarcação estava com a família do médico há 30 anos e havia sido doada ao condomínio, sendo usada por diversos moradores. O uso não exigia habilitação náutica.
Corpo encontrado após quatro dias
Após o naufrágio, o casal tentou se segurar no barco, que afundou mais adiante. Ambos foram levados pela correnteza. O corpo de Maria Eduarda foi localizado na terça-feira (24) entre as praias de Gamboa e Calhetas, após quatro dias de buscas coordenadas pela Marinha do Brasil e Corpo de Bombeiros.
Seráfico foi encontrado com ferimentos e ficou internado no Hospital da Unimed, no Recife, com cortes, escoriações e inchaço. Ele recebeu alta nesta sexta-feira.
A investigação segue para esclarecer as circunstâncias do acidente e a eventual responsabilização pelo ocorrido.