🇻🇪 MARÍA CORINA MACHADO GANHA O NOBEL DA PAZ DE 2025: “ESTOU EM CHOQUE!”

A líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, anunciou nesta sexta-feira (10) o Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo. Ela foi reconhecida “por seu incansável trabalho de promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.


🕊️ UM PRÊMIO HISTÓRICO PARA A VENEZUELA

Esta é a primeira vez que uma personalidade venezuelana conquista o Nobel da Paz. Ao saber da notícia, María Corina declarou estar “em choque de alegria”, agradecendo aos que, segundo ela, “lutam todos os dias pela liberdade, mesmo sob repressão e medo”.

O ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que representou a oposição nas eleições de 2024, afirmou em vídeo publicado no X (antigo Twitter):

“É um reconhecimento merecidíssimo à luta de uma mulher e de todo um povo por liberdade e democracia. O primeiro Nobel à Venezuela!”


✊ A MULHER QUE DESAFIOU O REGIME DE MADURO

María Corina, de 57 anos, é ex-deputada e fundadora do partido “Vem Venezuela”, conhecido por sua postura linha-dura contra o chavismo.
Ela venceu as primárias da oposição com ampla vantagem, mas foi impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024 após ser inabilitada por 15 anos pelo regime de Nicolás Maduro.
Mesmo assim, liderou comícios e mobilizou multidões em todo o país, inclusive em redutos historicamente chavistas, tornando-se símbolo da resistência democrática venezuelana.


📜 O SIGNIFICADO DO PRÊMIO

Instituído em 1901, o Nobel da Paz é concedido a quem contribui para a aproximação entre os povos e a defesa da liberdade e da dignidade humana.
O prêmio deste ano é de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6,2 milhões).

O presidente do Comitê do Nobel, Jørgen Watne Frydnes, destacou o papel de María Corina como “voz inabalável de um povo silenciado”:

“Mesmo diante da repressão, ela manteve sua fé no diálogo e na via democrática.”


🔙 OUTROS VENCEDORES RECENTES

📅 2024 — Nihon Hidankyo (Japão), organização de sobreviventes das bombas de Hiroshima e Nagasaki.
📅 2023 — Narges Mohammadi (Irã), por sua luta contra a opressão às mulheres.
📅 2022 — Ales Bialiatski (Belarus) e organizações de direitos humanos da Rússia e Ucrânia.
📅 2021 — Maria Ressa (Filipinas) e Dmitri Muratov (Rússia), defensores da liberdade de imprensa.


🌍 REAÇÃO INTERNACIONAL

Líderes da União Europeia, dos Estados Unidos e da ONU celebraram a premiação, classificando-a como “um recado de esperança à Venezuela e à América Latina”.
Já o governo de Nicolás Maduro reagiu com ironia, dizendo que o comitê “premiou uma marionete do imperialismo”.

A venezuelana que venceu a ditadura (pelo menos no coração do mundo)

Oslo, 10 de outubro de 2025 – Ela foi proibida de se candidatar. Foi perseguida. Virou “inimiga número 1” de Nicolás Maduro. Mas hoje, María Corina Machado acordou como a mais nova ganhadora do Prêmio Nobel da Paz – e o mundo todo está falando dela.

“Estou em choque!”, foram as primeiras palavras da líder venezuelana ao saber da notícia que abalou a política internacional. Edmundo González Urrutia, o candidato que ela apoiou nas eleições fraudadas de 2024, celebrou do exílio na Espanha: “Merecidíssimo! O primeiro Nobel da Venezuela!”

Quem é essa mulher?

María Corina não é política de hoje. Nascida em Caracas, em uma família conservadora e católica, ela sempre foi linha-dura da oposição. Fundou o partido Vem Venezuela em 2012 e, desde então, virou pedra no sapato de Maduro e, antes dele, de Hugo Chávez.

Mas em 2024, algo mudou. Ela venceu as primárias da oposição com uma vitória esmagadora – e o regime tremeu. A resposta? Barrar sua candidatura por 15 anos. Motivo? “Inabilitação política” – termo bonito para dizer “você incomoda demais”.

A eleição que o mundo não aceitou

Sem poder concorrer, María Corina passou o bastão para Edmundo González. Mas ela continuou sendo o rosto da campanha, percorrendo o país inteiro, unindo ricos e pobres, até nos redutos chavistas. E o povo respondeu: González venceu as eleições de julho de 2024.

Só tem um problema: Maduro não aceitou. Declarou-se vencedor numa eleição que todo mundo sabe que foi roubada. A oposição publicou cópias das urnas provando a fraude. O regime disse que eram falsas. González teve que fugir para a Espanha. E María Corina? Ficou na Venezuela, desafiando a ditadura todos os dias.

Por que ela ganhou o Nobel?

“Por seu incansável trabalho de promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”, anunciou o Comitê Norueguês do Nobel.

Traduzindo: ela não pegou em armas. Não incitou violência. Apenas mostrou ao mundo que um povo cansado de ditadura pode lutar – e vencer – pela democracia. Mesmo quando tudo parece perdido.

O prêmio que vale R$ 6,2 milhões

Criado em 1901 pelo inventor da dinamite (sim, irônico), Alfred Nobel, o prêmio da paz é um dos cinco Nobéis existentes. Este ano, o valor é de 11 milhões de coroas suecas – cerca de R$ 6,2 milhões.

María Corina entra para a história ao lado de nomes como Nelson Mandela, Malala Yousafzai e Madre Teresa de Calcutá. E, pela primeira vez, a Venezuela tem um Nobel.

E agora?

A pergunta que não quer calar: o Nobel vai mudar alguma coisa na Venezuela? Maduro continua no poder. A repressão continua. Mas o recado foi dado: o mundo está de olho.

E María Corina? Continua na luta. Porque Nobel ou não, ela sabe que a briga não acabou. Acabou de começar.

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