🌍 “COP do Caos”: The Economist detona escolha de Belém como sede da COP30

Revista internacional aponta falhas em infraestrutura, saneamento e hospedagem na capital paraense.

A influente revista britânica The Economist publicou nesta semana uma reportagem dura contra a escolha de Belém (PA)como sede da COP30, a conferência do clima da ONU que acontecerá em novembro deste ano. Em tom ácido, o título da matéria adverte: “Prepare-se para uma COP Caótica.”

No texto, a publicação descreve a cidade como uma capital com infraestrutura precária, rede hoteleira insuficiente e problemas graves de saneamento básico. Segundo a revista, cerca de 40% das residências de Belém não possuem esgoto sanitário.

“Belém é uma cidade esburacada na Amazônia brasileira, quente, pontilhada de esgoto a céu aberto e com escassez de leitos de hotel”, afirma o texto.
“E em novembro sediará a COP30, que certamente será um caos.”

Além da crítica ao saneamento, a The Economist ironiza as alternativas criadas para tentar hospedar os até 50 mil visitantes esperados para o evento. A cidade, segundo a revista, possui apenas 23 mil leitos disponíveis — e como solução emergencial, escolas, quartéis e até motéis estão sendo transformados em alojamentos temporários.

O texto ainda aponta a explosão nos preços da hospedagem:

“Um quarto de má qualidade é anunciado por quase US$ 10.000 por dia”, diz a matéria — o equivalente a R$ 60 mil na cotação atual.

A revista também levanta dúvidas sobre a viabilidade de obras prometidas até novembro, incluindo projetos de saneamento e dragagem de canais. Para a publicação, o evento deve ilustrar os desafios entre crescimento econômico e proteção ambiental em uma região com gargalos históricos de infraestrutura.

Reação

Até o momento, o governo federal e a Prefeitura de Belém não se manifestaram oficialmente sobre o conteúdo da reportagem.

A COP30 deve reunir líderes mundiais, chefes de Estado, ambientalistas e representantes da sociedade civil em um dos eventos mais importantes do planeta sobre mudanças climáticas. A escolha de Belém foi celebrada pelo presidente Lula como símbolo da “centralidade da Amazônia” no debate ambiental global — mas agora, a capital paraense entra no foco das críticas da imprensa internacional.

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