🎧 DJ JOPIN E FAMÍLIA SÃO CONDENADOS POR LAVAR R$ 65 MILHÕES EM ESQUEMA DE SONEGAÇÃO

A Justiça de Pernambuco condenou nesta quinta-feira (7) o DJ José Pinteiro da Costa Júnior, conhecido como DJ Jopin, e três parentes — pai, mãe e primo — por lavagem de dinheiro e associação criminosa. O grupo usou empresas da família para ocultar patrimônio e sonegar cerca de R$ 65 milhões em impostos ao longo de cinco anos.

A sentença é resultado da Operação Mar Aberto, deflagrada em 2018 pela Polícia Civil e Secretaria da Fazenda. Na ação, foram apreendidos 28 carros de luxo.

Jopin foi condenado a 7 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto. Seu pai, apontado como chefe do esquema, recebeu pena de 12 anos e 7 meses. A mãe e o primo do DJ também foram condenados, enquanto o operador financeiro, Rômulo Robérico Tavares Ramos, pegou 13 anos em regime fechado.

Segundo a juíza Roberta Vasconcelos Franco, a rede criminosa usava a relação de parentesco e empresas de fachada para movimentar altos valores sem lastro econômico, prejudicando a arrecadação tributária e a moralidade administrativa.

A defesa dos condenados não se manifestou até o momento.

🎧 DJ JOPIN CONDENADO
➡️ Justiça de PE sentencia DJ e família por lavagem de dinheiro e associação criminosa

💰 R$ 65 MILHÕES SONEGADOS
➡️ Empresas da família usadas para ocultar patrimônio e desviar impostos por 5 anos

🚔 OPERAÇÃO MAR ABERTO
➡️ Deflagrada em 2018, ação apreendeu 28 carros de luxo e investigou 11 empresas

👨‍👩‍👦 FAMÍLIA NO BANCO DOS RÉUS
➡️ Pai do DJ pegou 12 anos e 7 meses; Jopin, 7 anos e 7 meses; operador financeiro, 13 anos

⚖️ ESQUEMA DE LUXO E FRAUDE
➡️ Polícia aponta uso de eventos, camarotes e empresas de fachada para lavar dinheiro

DJ Jopin e família são condenados a 48 anos de prisão por esquema de R$ 65 milhões

Artista e quatro parentes foram considerados culpados por lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Operação apreendeu 28 carros de luxo e descobriu rede com 11 empresas.

O DJ José Pinteiro da Costa Júnior, conhecido como DJ Jopin, e quatro membros de sua família foram condenados nesta quinta-feira (7) pela Justiça de Pernambuco a um total de 48 anos de prisão. Eles participaram de um esquema de lavagem de dinheiro que sonegou R$ 65 milhões dos cofres públicos ao longo de cinco anos, utilizando uma rede de 11 empresas para ocultar a origem ilícita dos recursos.

R$ 65 MISonegação Fiscal
em 5 anos

48Anos de Prisão
Total

28Carros de Luxo
Apreendidos

11Empresas
Envolvidas

📋 Os Condenados e Suas Penas

José Pinteiro da Costa Neto

Pai do DJ – Líder do Esquema

12 anos e 7 meses

Regime semiaberto + multa
Lavagem de dinheiro + associação criminosa

Rômulo Robérico Tavares Ramos

Operador Financeiro

13 anos

Regime fechado + multa
Lavagem + associação + documento falso

DJ Jopin (José Pinteiro Jr.)

Filho – Empresário de Eventos

7 anos e 7 meses

Regime semiaberto + multa
Lavagem de dinheiro + associação criminosa

Andréa Bandeira de Melo Pinheiro

Mãe do DJ

7 anos e 7 meses

Regime semiaberto + multa
Lavagem de dinheiro + associação criminosa

Aníbal Teixeira de Vasconcelos Pinteiro

Primo do DJ

7 anos e 7 meses

Regime semiaberto + multa
Lavagem de dinheiro + associação criminosa

📅 Cronologia do Caso

2012

Início das Irregularidades

Secretaria da Fazenda detecta as primeiras inconsistências fiscais. José Pinteiro acumula 77 execuções fiscais na Procuradoria do Estado.

2017

Início da Investigação

Polícia Civil inicia investigação sobre suposta organização criminosa familiar com nove integrantes.

2018

Operação “Mar Aberto”

DJ Jopin e familiares são presos temporariamente. Polícia apreende 28 carros de luxo e quebra sigilo bancário dos investigados.

2025

Condenação

Justiça condena cinco integrantes da família a um total de 48 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

🔍 Entenda o caso em números

  • R$ 65 milhões foram sonegados aos cofres públicos durante cinco anos de atividade criminosa
  • 11 empresas faziam parte da rede de lavagem, sendo a “We Do Eventos” a principal delas
  • 28 carros de luxo foram apreendidos durante a Operação “Mar Aberto” em 2018
  • 77 execuções fiscais já existiam em nome do chefe da organização antes da investigação
  • 6 anos foi o tempo entre a operação policial e a sentença final
  • 9 pessoas foram investigadas, mas apenas 5 foram condenadas
  • Festas de carnaval e São João serviam como fachada para movimentar dinheiro ilegal
  • Rômulo Ramos era o responsável por fazer as transações financeiras entre as contas da família

O uso do nome e das contas bancárias de José Pinteiro da Costa Júnior como veículos de movimentação de valores vultosos, sem lastro econômico compatível, revelou-se elemento essencial para a eficácia da engrenagem criminosa e para a obstrução da atividade estatal.

— Juíza Roberta Vasconcelos Franco Rafael Nogueira

Como funcionava o esquema

O esquema criminoso era comandado por José Pinteiro da Costa Neto, pai do DJ, que utilizava a estrutura familiar para dar aparência de legalidade às movimentações financeiras suspeitas. A família possuía negócios ligados à promoção de eventos musicais – incluindo festas em praias do litoral pernambucano e montagem de camarotes no carnaval e São João – além da fabricação de embarcações.

Segundo as investigações, o grupo usava 11 empresas diferentes para movimentar valores muito superiores à capacidade real desses negócios. O “operador financeiro” Rômulo Robérico Tavares Ramos, considerado homem de confiança da família, assinava procurações e realizava as transações entre as contas de diferentes membros, sempre com o objetivo de “distanciar” o dinheiro sonegado das empresas originais.

A principal empresa utilizada por DJ Jopin era a “We Do Eventos”, responsável pela organização de festas e shows. Os investigadores descobriram que os valores movimentados por essas empresas eram incompatíveis com o faturamento real das atividades.

A vida de luxo financiada pelo crime

Durante a Operação “Mar Aberto”, deflagrada em 2018, a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda apreenderam 28 carros de luxo da família. O patrimônio ostentado pelos investigados chamou a atenção das autoridades por ser incompatível com a renda declarada.

DJ Jopin ficou preso apenas três dias após a operação, sendo liberado para responder ao processo em liberdade. Desde então, ele continuou suas atividades como DJ, mantendo uma agenda de shows pelo nordeste.

O que diz a Justiça

A juíza Roberta Vasconcelos Franco Rafael Nogueira, responsável pela sentença, foi categórica ao afirmar que a relação familiar foi deliberadamente utilizada para encobrir os crimes. Para ela, “as consequências do delito extrapolam os efeitos normais do tipo penal, afetando a arrecadação tributária, a moralidade administrativa e a confiança da sociedade nas instituições”.

A magistrada destacou ainda que o uso de parentes próximos para movimentação financeira configurou “elemento essencial para a eficácia da engrenagem criminosa e para a obstrução da atividade estatal”.

Outras quatro pessoas foram absolvidas

Apesar das cinco condenações, a Justiça absolveu outras quatro pessoas que também foram denunciadas pelo Ministério Público de Pernambuco por participação no mesmo esquema. Os nomes dos absolvidos não foram divulgados.

Todos os condenados podem recorrer da decisão em segunda instância. O processo tramitou por seis anos na Justiça, desde a deflagração da operação policial até a sentença final.

Quem é DJ Jopin

José Pinteiro da Costa Júnior, conhecido artisticamente como DJ Jopin, é um DJ pernambucano que se destacou no cenário musical do Nordeste organizando grandes eventos e festas em praias. Filho de empresários, ele utilizava a empresa familiar “We Do Eventos” para promover shows e montar camarotes durante o carnaval e festas juninas.

Apesar da condenação, DJ Jopin manteve suas atividades artísticas durante todo o processo judicial, continuando a realizar apresentações em casas noturnas e eventos pelo interior de Pernambuco e estados vizinhos.

Histórico de problemas fiscais

Os problemas da família Pinteiro com a Receita não começaram com esta investigação. Já em 2012, a Secretaria da Fazenda havia identificado irregularidades, e José Pinteiro acumulava 77 execuções fiscais na Procuradoria-Geral do Estado quando a investigação criminal foi iniciada em 2017.

O caso se tornou um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos em Pernambuco, servindo como exemplo para outras investigações sobre crimes contra a ordem tributária no estado.

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