💣 Moraes mira Eduardo Bolsonaro: STF abre inquérito por atuação nos EUA e suspeita de ameaças a autoridades

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (25) a abertura de um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A apuração mira a atuação do parlamentar nos Estados Unidos, apontada pela Procuradoria-Geral da República como tentativa de intimidar autoridades brasileiras que investigam o bolsonarismo.

Reportagem na TV Justiça

O pedido de investigação, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, foi vinculado ao inquérito das fake news, em curso sigiloso no Supremo desde 2019.

Na decisão, Moraes afirma haver indícios da prática de três crimes por parte do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro:

  • Coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal);
  • Obstrução de investigação contra organização criminosa (Lei 12.850/13);
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal).

Reação de Eduardo Bolsonaro

O ministro determinou à Polícia Federal que monitore e preserve publicações de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais que tenham relação com o caso. Também ordenou que sejam colhidos depoimentos em até dez dias.

Entre os convocados está o ex-presidente Jair Bolsonaro, que deve prestar esclarecimentos por ter, segundo a PGR, financiado a permanência do filho nos EUA. O próprio Eduardo Bolsonaro e o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) também deverão ser ouvidos.

Como Eduardo está fora do país, Moraes autorizou que ele se manifeste por escrito, inclusive por meio de endereços eletrônicos. O Ministério das Relações Exteriores também foi notificado para indicar quais diplomatas brasileiros nos EUA poderão colaborar com as diligências.

A investigação se concentra em ações de Eduardo no exterior que teriam buscado influenciar negativamente a imagem de instituições brasileiras e constranger autoridades responsáveis por processos que envolvem o bolsonarismo — incluindo o próprio ministro Alexandre de Moraes.

📌 Contexto

Segundo a PGR, Eduardo teria atuado para tentar impor uma espécie de “pena de morte civil internacional” contra Moraes e outras autoridades brasileiras, num esforço coordenado para desacreditar as investigações em andamento no Brasil.

O inquérito das fake news, ao qual essa nova frente foi anexada, já mirava outros aliados de Jair Bolsonaro acusados de espalhar desinformação e atacar o sistema democrático.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *