💥 Delegado é denunciado por tentar matar ambulante em Noronha: vítima teve a perna amputada

Ministério Público acusa Luiz Alberto Braga de tentativa de homicídio e omissão de socorro após disparo motivado por ciúmes; homem só sobreviveu graças à ajuda de terceiros

O delegado Luiz Alberto Braga foi denunciado neste domingo (15) pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro. A vítima, o ambulante Emmanuel Apory, levou um tiro na perna após uma discussão motivada por ciúmes em Fernando de Noronha. O disparo causou uma fratura exposta e necrose muscular — Emmanuel teve a perna amputada e só sobreviveu graças ao socorro prestado por pessoas que presenciaram o crime.

📍 O caso aconteceu no dia 5 de maio, no Forte dos Remédios, um dos principais pontos turísticos da ilha. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o delegado aborda Emmanuel. Após uma troca de palavras, o policial agride o ambulante com um tapa no rosto. Emmanuel reage, e o delegado atira. A vítima tenta fugir, mas não consegue andar devido ao ferimento.

Segundo a denúncia, após o disparo, Braga fugiu do local numa viatura da Polícia Civil sem prestar nenhum tipo de socorro. O delegado estava em Noronha substituindo o titular da delegacia da ilha.

Veja a denúncia completa do Ministério Público

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🛑 A promotoria aponta que o tiro foi intencional, com o claro objetivo de matar. A acusação sustenta que a agressão foi motivada por ciúmes: Braga estava acompanhado de uma mulher e acusou o ambulante de tê-la assediado. A Polícia Civil havia indiciado o delegado por lesão corporal gravíssima, mas o MPPE entendeu que o caso se enquadra como tentativa de homicídio.

Emmanuel foi inicialmente atendido no Hospital São Lucas, em Noronha, e depois transferido de avião para o Hospital da Restauração, no Recife. Ele passou por quatro cirurgias e segue em recuperação. “Todo dia é uma batalha”, disse a vítima em entrevista recente.

📢 Repercussão
Celebridades, influenciadores e ativistas têm cobrado justiça nas redes sociais, destacando a gravidade da ação de um agente público armado e em serviço.

🚨 O que o MPPE pediu:

Afastamento imediato do delegado do cargo;
Recolhimento de armas e suspensão do porte;
Reparação dos danos causados à vítima;
Perda do cargo em caso de condenação;
Suspensão dos direitos políticos enquanto durarem os efeitos da pena.

🎙 O que dizem as defesas:

Para Emmanuel, o advogado Anderson Flexa afirmou que a denúncia é baseada em provas contundentes:

“Ninguém está acima da lei, nem mesmo seus agentes.”

Já o advogado de Braga, José Augusto Branco, rebateu a acusação:

“É um absurdo, uma distorção da realidade. O promotor quer aparecer para a opinião pública.”

Enquanto a denúncia avança, o delegado segue respondendo a um processo administrativo especial aberto pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), que o afastou por 120 dias e recolheu suas armas e identificação funcional.