💥 Inquérito sobre naufrágio que matou advogada inocenta noivo e aponta “falhas graves” de Corpo de Bombeiros e Marinha

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o naufrágio do veleiro que matou a advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, 35 anos, e a cadela Belinha, em 21 de junho, na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho.
O documento inocenta o noivo da vítima, o médico Serafico Pereira Cabral Júnior, que pilotava a embarcação, e atribui o desastre a um “acidente marítimo involuntário”, sem indícios de culpa ou negligência por parte dele.

O relatório, ao qual o g1 teve acesso, aponta “falhas graves” e possível omissão de agentes públicos durante o resgate, citando o Corpo de Bombeiros Militar, a Capitania dos Portos e equipes da área de defesa social do Estado. O delegado responsável, Ney Luiz Rodrigues, pediu a abertura de processos disciplinares contra os militares envolvidos.

🚨 Demora que pode ter custado vidas

De acordo com o inquérito, o acidente foi comunicado às 17h08, mas o acionamento de resgate aéreo — considerado essencial — ocorreu somente por volta das 22h, cerca de seis horas depois do naufrágio, período em que a sobrevivência ainda era possível.

Além disso, a investigação descreve:

  • falta de integração entre Bombeiros, Capitania dos Portos, Salva-Mar de Ipojuca e GTA;
  • demora em repassar informações;
  • falhas na central de atendimento do CIODS, responsável pelo registro inicial da ocorrência.

Esses fatores, segundo o relatório, comprometeram a eficiência do resgate.

A Polícia Civil solicitou que:

  • Corregedoria da SDS investigue os militares do CIODS;
  • Comando do Corpo de Bombeiros apure possível falha operacional;
  • Marinha do Brasil avalie medidas administrativas e penais contra servidores da Capitania dos Portos.

🛥️ Tentativa de sobrevivência

Após o barco virar, o médico nadou por cerca de três horas, tentando segurar a noiva e a cadela. Uma onda forte os separou. Ele conseguiu chegar à costa e pedir ajuda.
O corpo de Maria Eduarda foi localizado no quarto dia de buscas, em 24 de junho.

O médico foi resgatado com vida e atendido em unidade de saúde.
A família pediu autorização judicial para cremação, mas o pedido foi negado até a conclusão do laudo tanatoscópico do Instituto de Medicina Legal.

📁 Próximos passos

Com a conclusão do inquérito, o processo foi enviado ao Ministério Público de Pernambuco, que decidirá se arquiva o caso ou se pede novas investigações.

A reportagem solicitou posicionamento da defesa de Serafico Júnior e do MPPE, mas não obteve resposta até a última atualização desta publicação.

🚨 O QUE A INVESTIGAÇÃO REVELOU (RESUMO BOMBÁSTICO)

🔴 ACIDENTE INVOLUNTÁRIO
➡️ Não houve culpa do noivo Serafico Junior.
➡️ Nenhum indício de negligência ou dolo.

🟡 FALHAS GRAVES DE RESGATE
➡️ A operação demorou 6 horas para acionar o resgate aéreo.
➡️ Tempo crítico onde a sobrevivência ainda era possível.

🔵 OMISSÃO DE AGENTES PÚBLICOS
➡️ Indícios de falha de equipes do CIODS, Bombeiros e Marinha.
➡️ Relatório pede investigação disciplinar.

🟠 COMUNICAÇÃO QUEBRADA
➡️ Não houve integração entre:
🔹 Bombeiros
🔹 Capitania dos Portos
🔹 Salva-Mar
🔹 Grupamento Aéreo (GTA)

🟣 FALHAS OPERACIONAIS
➡️ Primeiro chamado: 17h08
➡️ Helicóptero acionado: 22h00
🚨 +5h perdidas sem resposta efetiva


💔 A LUTA PELA VIDA

🏊‍♂️ O médico nadou cerca de 3 horas com Maria Eduarda e a cadela Belinha.
🌊 Uma onda forte separou os três durante o esforço.

🐾 Belinha também desapareceu no mar.
⚓ Corpo de Maria Eduarda só foi encontrado no 4º dia de buscas.


⚖️ QUEM PODE SER RESPONSABILIZADO?

🟥 Marinha do Brasil
➡️ Pode responder por falhas operacionais e disciplinares.

🟩 Corpo de Bombeiros Militar
➡️ Omissão e atraso no acionamento de recursos.

🟨 CIODS / SDS-PE
➡️ Comunicação inadequada no atendimento inicial.


📌 STATUS DO CASO

📁 Polícia pede arquivamento para o noivo.
🏛️ Documento enviado ao MPPE, que decidirá:
✔️ arquiva ou
✔️ pede novas diligências.

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