💰 “Farra do Consignado”: Ex-diretor do INSS liberou crédito a bancos suspeitos de fraude enquanto recebia R$ 5,1 milhões

André Fidelis, investigado pela PF por propina, assinou 10 acordos com instituições envolvidas em descontos indevidos sobre aposentadorias

Suspeito de receber propina para beneficiar entidades envolvidas na “farra dos descontos” indevidos sobre aposentadorias, o ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis assinou acordos com 10 bancos que passaram a operar crédito consignado com aposentados — prática hoje no centro de investigações por fraudes e ilegalidades.

Segundo a Polícia Federal, empresas ligadas ao esquema e ao lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, movimentaram R$ 5,1 milhões que podem ter sido repassados a Fidelis como vantagem indevida. O escândalo levou à abertura de inquérito pela PF e à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril.

A operação resultou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e forçou o ministro da Previdência, Carlos Lupi, a deixar o cargo.

📌 O que revelam os documentos:

  • 91 bancos foram autorizados a operar crédito consignado nos últimos cinco anos;
  • 24 dessas autorizações ocorreram durante o governo Lula (PT), segundo levantamento no Diário Oficial da União;
  • Fidelis, exonerado em julho de 2024, assinou 10 desses acordos enquanto chefiava a Diretoria de Benefícios;
  • Diversos bancos autorizados enfrentam ações judiciais e denúncias por aplicar descontos indevidos em aposentadorias.

As liberações assinadas por Fidelis ocorriam ao mesmo tempo em que cresciam denúncias de aposentados lesados por empréstimos que nunca contrataram. Muitas dessas queixas envolvem instituições recém-autorizadas pelo INSS.

👥 Mais nomes na mira

Outro nome citado na investigação é o ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira (PSD). Ele também teria favorecido bancos suspeitos ao assinar, em 2021, pelo menos oito contratos de cooperação para consignado, ainda como presidente do INSS.

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