📈 Inflação acelera para 0,48% em setembro e volta a ficar acima da meta, aponta IBGE

Após deflação em agosto, IPCA volta a subir e chega a 5,17% no acumulado de 12 meses; inflação anual segue fora da meta do Banco Central.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado o indicador oficial da inflação no país — subiu 0,48% em setembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE.
O resultado reverte a deflação de 0,11% registrada em agosto e eleva a taxa acumulada em 12 meses de 5,13% para 5,17%.
Com isso, a inflação volta a se afastar da meta central de 3% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e permanece fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% a 4,5%.
💸 Inflação acima do previsto
O resultado veio ligeiramente abaixo das projeções do mercado, que esperava uma alta entre 0,50% e 0,55%, com mediana de 0,52%, segundo levantamento do Poder360.
Mesmo assim, o dado confirma a pressão inflacionária e consolida a tendência de aceleração nos preços ao consumidor.
🏦 Banco Central mantém juros altos
O Banco Central reiterou em carta pública que espera o retorno da inflação ao intervalo da meta apenas no 1º trimestre de 2026, projetando 4,0% ao ano em março.
Para conter o avanço dos preços, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano na reunião de setembro — foi a segunda vez consecutiva em que o colegiado manteve o juro básico nesse patamar.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, tem sinalizado que os juros altos serão mantidos por mais tempo para assegurar a convergência da inflação.
📊 Expectativas do mercado
De acordo com estimativas de analistas do setor financeiro, a inflação deve encerrar 2025 em 4,8%, ainda acima do teto da meta.
A mediana das projeções também indica manutenção da Selic em 15% até o fim do ano, refletindo a cautela diante do novo cenário de alta nos preços.