📉 Desemprego surpreende e atinge menor nível para o trimestre desde 2012
Taxa ficou em 6,6% entre fevereiro e abril, abaixo das projeções do mercado; 7,3 milhões seguem sem trabalho no Brasil
O Brasil registrou uma das menores taxas de desemprego da história recente: 6,6% no trimestre encerrado em abril (fevereiro-março-abril), segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29.mai.2025) pelo IBGE. Apesar de uma leve alta em relação ao trimestre anterior (6,5%), o número é o menor já registrado para esse período desde o início da série histórica, em 2012.
A desocupação também veio abaixo das estimativas do mercado, que projetava uma taxa entre 6,8% e 7,1%, com mediana em 7,0%.
GRÁFICO PODER 360

📊 Números em destaque:
- Taxa de desemprego: 6,6%
- Pessoas desocupadas: 7,3 milhões
- Pessoas ocupadas: 103,3 milhões
- Empregos com carteira assinada (setor privado): recorde de 39,6 milhões
- Taxa de informalidade: 37,9% (39,2 milhões de trabalhadores)
- Renda média: R$ 3.426
- Massa salarial total: R$ 349,4 bilhões
📉 Subutilização do trabalho também cai
A taxa de subutilização da força de trabalho – que inclui desempregados, pessoas que trabalham menos do que gostariam e os que desistiram de procurar emprego – foi de 15,4%, recuo de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 2 pontos em um ano.
A população subutilizada chegou a 18 milhões, contra 20,1 milhões no mesmo trimestre de 2024.
Entre os desalentados – pessoas que desistiram de procurar emprego – o número foi de 3,1 milhões, estável em relação ao trimestre anterior, mas com queda de 11,3% em um ano (menos 392 mil pessoas).
📈 Emprego formal atinge recorde
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (excluindo domésticos) chegou a 39,6 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012. O crescimento foi de 0,8% em comparação com o trimestre anterior, o que representa 319 mil novas vagas formais.
Outros dados do mercado de trabalho:
- Empregados sem carteira assinada: 13,7 milhões (estável)
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões (estável)
- Taxa de informalidade: caiu para 37,9% – eram 38,3% no trimestre anterior
💸 Renda segue em alta
A renda média real habitual do trabalhador ficou em R$ 3.426, valor estável no trimestre, mas 3,2% superior ao registrado no mesmo período de 2024.
A massa de rendimentos (soma de todos os salários) foi de R$ 349,4 bilhões, com crescimento de 5,9% em um ano – ou R$ 19,5 bilhões a mais circulando na economia.
🔎 Por que esses dados importam?
Apesar da leve alta trimestral, os números indicam forte recuperação do mercado de trabalho brasileiro, com mais empregos formais e aumento da renda média, mesmo com níveis ainda elevados de informalidade e subutilização. A melhora pode refletir o desempenho positivo da economia em setores como serviços, comércio e construção, além do impacto de políticas de estímulo ao consumo e programas de transferência de renda.