🔥 “Abin Paralela”: 7 provas que colocam diretor escolhido por Lula no centro do escândalo

Indicado por Lula, Luiz Fernando Corrêa é acusado de atrapalhar investigações, proteger envolvidos e minimizar espionagem ilegal

O diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)Luiz Fernando Corrêa, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023, tornou-se um dos alvos do inquérito da Polícia Federal que apura o esquema de espionagem ilegal promovido pela chamada “Abin Paralela”.

Segundo o relatório final da PF, Corrêa teve ao menos sete atitudes que o incriminam diretamente por tentar abafar as investigações, proteger aliados envolvidos no esquema e enfraquecer o papel da corregedoria da agência.

A apuração teve seu sigilo retirado nesta quarta-feira (18), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.


📌 As 7 provas contra Luiz Fernando Corrêa

  1. Minimizou o escândalo do software espião
    Chamou publicamente o FirstMile — programa usado para rastrear ilegalmente alvos — de “brinquedo de criança”, em 2 de outubro de 2023, tentando desqualificar sua gravidade.
  2. Protegeu integrante-chave do esquema
    Articulou proteção ao então secretário de Planejamento e diretor de Operações, Paulo Maurício Fortunato Pinto, citado como um dos principais nomes da estrutura clandestina dentro da Abin.
  3. Participou de reuniões da cúpula investigada
    Compareceu a reuniões estratégicas da Abin com investigados entre fevereiro e maio de 2023, antes mesmo de assumir formalmente o comando da agência.
  4. Conduziu plano para travar apuração
    Esteve à frente da reunião “Estratégia da Direção-Geral”, tida como essencial para obstruir as investigações internas e federais, ao lado de servidores já indiciados.
  5. Encontro fora da agenda com Ramagem
    Reuniu-se em 16 de junho de 2023 com o deputado e ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem (PL), também indiciado, sem registro oficial, para discutir a “Operação Rio 06” e evitar “murmurinho” em meio às indicações para a CPMI do 8 de Janeiro.
  6. Tentou acessar dados sensíveis de investigado
    Determinou — mas depois recuou — a movimentação da estação de trabalho do ex-diretor adjunto Victor Felismino Carneiro, alvo da Operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro de 2024.
  7. Praticou assédio e coação contra servidores
    A PF aponta que Corrêa atuou com assédio moral e intimidação contra a ex-corregedora da agência e servidores da área disciplinar para dificultar a apuração.

⚖️ Indiciamentos

Corrêa foi indiciado por três crimes:

  • Obstrução de investigação de organização criminosa
  • Prevaricação
  • Coação no curso do processo

A PF afirma que ele atuou de forma ativa na “estratégia conjunta” para encobrir a espionagem ilegal dentro da Abin.


🚨 Reação interna: servidores pedem saída de Corrêa

Conforme apurado, servidores da Abin exigem o afastamento imediato do diretor-geral. A categoria articula paralisação nacional e avalia ação civil pública para forçar a destituição do cargo. O clima interno é de insatisfação generalizada.


👥 Outros indiciados

Além de Corrêa, o relatório da PF aponta 34 nomes. Entre os principais:

  • Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
  • Servidores da agência e policiais federais cedidos ao órgão

O documento também afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o “principal destinatário” da estrutura ilegal, embora não tenha sido formalmente indiciado neste inquérito por já responder a outros processos criminais relacionados.

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