🔥 Crise Institucional: Decisão de Gilmar Mendes Tira Poder do Senado e Abre Guerra Entre STF e Congresso

A decisão do ministro Gilmar Mendes que restringe exclusivamente à PGR o poder de pedir impeachment de ministros do STF desencadeou a maior crise institucional do ano. O movimento, visto como uma ruptura no equilíbrio entre os Poderes, provocou reação imediata e dura do Senado — e ameaça transformar o final de 2025 em um campo de batalha político.

⚖️ O QUE GILMAR DECIDIU

Em liminar, Gilmar Mendes determinou que:

  • Só a Procuradoria-Geral da República pode denunciar ministros do STF por crime de responsabilidade;
  • Senado só pode abrir o processo com o voto de 2/3 dos senadores;
  • E o mérito de decisões judiciais não pode ser usado como justificativa para pedidos de impeachment.

A decisão será reavaliada pelo plenário virtual do STF entre os dias 12 e 19 de dezembro.

💥 POR QUE VIRou CRISE

A regra original da Lei do Impeachment de 1950 — usada inclusive contra Dilma Rousseff — diz que qualquer cidadãopode protocolar um pedido.
Gilmar considerou esse dispositivo incompatível com a Constituição de 1988.

A resposta do Senado foi imediata e dura.

🔵 Alcolumbre reage: “Tentativa de usurpar prerrogativas do Legislativo”

No plenário, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, acusou o STF de avançar sobre competências que não lhe pertencem:

“Uma decisão que tenta usurpar as prerrogativas do Poder Legislativo.”

Alcolumbre afirmou que, se necessário, o Congresso mudará a Constituição para impedir decisões monocráticas como essa e restabelecer o controle legislativo.

Ele citou ainda:

  • Um projeto de novo marco dos crimes de responsabilidade (de Rodrigo Pacheco);
  • E uma PEC que proíbe decisões individuais de ministros do STF.

🔥 CONTEXTO: BOLSONARISMO EM MARCHA PARA 2026

A decisão ocorre no momento em que aliados de Jair Bolsonaro articulam para conquistar maioria no Senado e avançar em pedidos de impeachment contra ministros como Alexandre de Moraes.

Neste ano, já foram protocolados 33 pedidos — 20 contra Moraes e 5 contra o próprio Gilmar.
A maioria (23) foi apresentada por cidadãos comuns. Nenhum pela PGR.

🟥 PARA GILMAR, É QUESTÃO DE “INDEPENDÊNCIA DO JUDICIÁRIO”

Na liminar, o ministro afirma que o impeachment não pode ser transformado em arma política:

“Ferramenta extraordinária que exige base sólida, devido processo legal e ampla defesa.”

Ele considera inconstitucional o modelo atual, que permite abrir um processo de impeachment com simples maioria — o que poderia ocorrer com apenas 11 votos, caso 30 senadores se abstivessem.

🟠 O OUTRO FATOR DA CRISE: SABATINA CANCELADA

No dia anterior à decisão, Alcolumbre já havia provocado um terremoto político ao cancelar a sabatina de Jorge Messias, indicado de Lula ao STF.
O governo tenta ganhar tempo para garantir os 41 votos necessários para aprovar o nome.

Em resposta, a AGU enviou manifestação ao STF pedindo reconsideração da liminar de Gilmar.

Messias defendeu que o impeachment pode, sim, ser provocado por qualquer cidadão:

“O poder emana do povo.”

E acusou o STF de atuar como “legislador substitutivo”.

🏛️ CÂMARA TAMBÉM REAGE

A CCJ da Câmara aprovou outro projeto que limita decisões monocráticas no STF e reorganiza o funcionamento das ações de controle constitucional.
As decisões individuais de ministros passam a ter validade apenas até a sessão seguinte do colegiado.

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