🔥 Homens incendeiam ônibus no Recife e deixam carta com denúncias de corrupção e tortura no Presídio de Igarassu


Ataque ocorreu no terminal de Cajueiro, na Zona Norte; mensagem anônima acusa agentes e presos de cobrarem propina e praticarem agressões dentro da unidade prisional.
Dois homens incendiaram um ônibus da empresa Caxangá no terminal de Cajueiro, na Zona Norte do Recife, na tarde desta terça-feira (7).
Antes de fugirem, os criminosos deixaram uma carta com denúncias graves de corrupção, tráfico e tortura dentro do Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana.
O veículo estava vazio no momento do ataque, por volta das 17h20, e o fogo foi controlado rapidamente pelo motorista, com ajuda de outro rodoviário.
Ninguém ficou ferido.
Câmeras de segurança registraram a ação — nas imagens, um dos homens aparece com capacete, jogando álcool e ateando fogo no interior do coletivo.
A Polícia Civil investiga o caso, que foi registrado na Delegacia de Água Fria.
💬 Carta denuncia propina e castigos dentro da prisão
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, a carta deixada dentro do ônibus era endereçada à governadora Raquel Lyra (PSD) e dizia que “a corrupção em Igarassu começou de novo”.
O texto denuncia que presos conhecidos como “chaveiros” estariam cobrando taxas de R$ 10 de outros detentos para permitir a realização de faxinas nas celas.
A mensagem também relata a entrada e venda de drogas dentro da unidade, supostamente com o apoio de um “agente de saúde”.
Um trecho da carta menciona o chefe da segurança, identificado como “Caveirinha”, que, segundo o relato, castigaria presos que não pagam as taxas.
“No dinheiro e no B.O., se não pagar, é pau de barrote”, diz o texto, em referência a espancamentos aplicados com pedaços de madeira.
⚖️ Presídio de Igarassu já foi alvo da PF por “resort do crime”
As denúncias aparecem poucos meses após a Operação La Catedral, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro, que desarticulou um esquema milionário de propina dentro do presídio.
As investigações revelaram que presos recebiam regalias, produziam drogas, bebidas e cigarros dentro da unidade e até fabricavam pasta base de cocaína em um espaço usado como “centro cultural”.
Foram presos o ex-diretor do presídio, Charles Belarmino de Queiroz, quatro policiais penais e, posteriormente, o ex-secretário de Administração Penitenciária, André de Araújo Albuquerque, suspeito de receber parte do dinheiro das propinas.
🏛️ O que diz o governo de Pernambuco
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que abriu um procedimento interno para apurar as novas denúncias da carta.
O órgão declarou ainda que continua colaborando com a Polícia Federal e o Ministério Público nas investigações sobre corrupção e tráfico dentro das unidades prisionais do estado.
A empresa Caxangá registrou boletim de ocorrência, e o Sindicato dos Rodoviários pediu reforço na segurança dos terminais.
A Polícia Militar informou que, após tomar conhecimento do caso, intensificou as rondas na região de Cajueiro.
💬 CHAMADA CURTA / TÍTULO PARA REDES:
“Homens queimam ônibus no Recife e deixam carta com denúncias de corrupção e tortura em presídio de Igarassu”
“ÔNIBUS VIRA CINZAS E CARTA BOMBÁSTICA EXPÕE: ‘PRESÍDIO VIROU SHOPPING DO CRIME DE NOVO’ – Bandidos ameaçam banho de sangue se governadora não agir”

Fogo no ônibus, carta para a governadora e denúncia explosiva
Um ônibus virou churrasco no Terminal de Cajueiro Seco, Zona Norte do Recife, e o motivo vai te deixar de queixo caído. Dois homens encapuzados entraram no coletivo vazio, jogaram gasolina nos bancos, tocaram fogo e vazaram de moto. Mas antes de fugir, deixaram um “presente” para a governadora Raquel Lyra: uma carta escrita à mão denunciando que o Presídio de Igarassu voltou a ser o “resort do crime”.
O que diz a carta?
A mensagem é direta e assustadora. Os criminosos reclamam que a corrupção voltou com tudo na cadeia. Segundo eles:
- R$ 10 para limpar a cela: Presos precisam pagar “taxa de faxina” para os “chaveiros” (detentos que mandam nos pavilhões)
- Droga liberada: Maconha sendo vendida a R$ 50 dentro do presídio, com ajuda até de “agente de saúde”
- Pau comendo: Quem não paga apanha de “Caveirinha”, o chefe da segurança
- Ameaça final: “Se não resolver, vai rolar banho de sangue”
O mais bizarro? Os bandidos reclamam do PREÇO da maconha. É o mundo às avessas: o criminoso indignado com a… corrupção!
Já era para estar resolvido
Essa história tem nome: Operação La Catedral. Em fevereiro, a Polícia Federal estourou um esquema gigante no Presídio de Igarassu. Encontraram de tudo: fábrica de drogas, bebidas, cigarros, dinheiro empilhado e até um “espaço cultural” que na verdade era laboratório de cocaína.
O ex-diretor do presídio e até o ex-secretário de segurança foram presos. Tudo parecia resolvido. Mas agora, meses depois, a carta mostra que o esquema voltou – ou nunca saiu de verdade.
Cidade parou
Depois do incêndio, o Sindicato dos Rodoviários recolheu 13 ônibus por segurança. Quem depende do transporte público ficou na mão. O motorista do coletivo queimado conseguiu apagar as chamas com ajuda de colegas – ninguém se feriu, mas o susto foi grande.
“Não é a primeira vez. Já queimaram ônibus no Ibura também, com carta sobre o presídio”, disse Carlos Medeiros, do Sindicato.
E agora?
A Polícia Civil abriu inquérito. A PM reforçou as rondas. A Secretaria de Administração Penitenciária disse que vai apurar as denúncias. Mas a pergunta que não quer calar é: como um presídio que foi escândalo nacional há poucos meses voltou a ser comandado pelo crime?