đ„ âMORAES ATACA A LIBERDADE DE EXPRESSĂOâ, DIZ ADVOGADO DE TRUMP APĂS SANĂĂO DOS EUA

Martin De Luca, defensor do ex-presidente Donald Trump, saiu em defesa da sanção imposta ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. Para ele, Moraes violou princĂpios fundamentais ao censurar adversĂĄrios polĂticos.

O advogado Martin De Luca, que representa o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou neste sĂĄbado (2.ago.2025) que a punição aplicada ao ministro Alexandre de Moraes (STF) Ă© legĂtima e justificada.
A declaração foi feita na rede X (antigo Twitter), apĂłs crĂticas de juristas e polĂticos Ă aplicação da Lei Magnitsky, norma americana que autoriza sançÔes contra autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.
âAlguns dizem que @realDonaldTrump âabusouâ da Magnitsky Act ao sancionar Alexandre de Moraes porque, segundo argumentam, censura nĂŁo Ă© violação de direitos humanos. Essa crĂtica ignora os fundamentos da legislação americanaâ, escreveu De Luca.
Segundo o advogado, a lei permite punir qualquer autoridade responsĂĄvel por reprimir liberdades fundamentais, como o direito Ă liberdade de expressĂŁo, ao voto e a um julgamento justo â todos protegidos por tratados internacionais, incluindo o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ratificada pelo Brasil.
âMoraes violou sistematicamente todos esses direitosâ, afirmou. âSeus atos sĂŁo um clĂĄssico exemplo de abuso de poder para silenciar o discurso polĂtico. Ă exatamente isso que a Lei Magnitsky visa combater.â
De Luca tambĂ©m rejeitou a ideia de que apenas crimes graves como genocĂdio justificariam a sanção:
âA Lei Magnitsky nĂŁo exige genocĂdio ou crimes de guerra. Exige a negação sistemĂĄtica de direitos bĂĄsicos.â
Para o advogado, as açÔes de Moraes â incluindo a prisĂŁo de crĂticos, a suposta interferĂȘncia em eleiçÔes e a censura de conteĂșdo atĂ© fora do Brasil â o qualificam como um âviolador grave de direitos humanosâ aos olhos da legislação norte-americana.
A sanção, imposta pelo Departamento do Tesouro dos EUA em 31 de julho, bloqueia qualquer ativo de Moraes sob jurisdição americana e proĂbe sua entrada no paĂs.
O governo brasileiro reagiu oficialmente, classificando a medida como âataque Ă soberania nacionalâ e âinterferĂȘncia indevida no Poder JudiciĂĄrioâ.