🔥 TOFFOLI BARRA ACESSO DA CPMI E MANDA ALCOLUMBRE “GUARDAR” DADOS DE VORCARO
Ministro mantém quebra de sigilo, mas retira documentos do alcance de deputados e senadores

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do ex-banqueiro Daniel Vorcaro, do Banco Master, para suspender a quebra de seus sigilos determinada pela CPMI do INSS. Apesar disso, o magistrado impôs uma restrição relevante: determinou que os dados já enviados fiquem sob guarda exclusiva da Presidência do Senado, comandada por Davi Alcolumbre.
Na prática, a decisão retirou das mãos dos parlamentares informações que já estavam disponíveis no sistema da CPMI. Na tarde desta sexta-feira (12), deputados e senadores deixaram de ter acesso aos dados enviados pela Meta, empresa responsável pelo WhatsApp.
📲 O que havia nos dados
O material não inclui o conteúdo das mensagens trocadas por Vorcaro, mas reúne:
- lista de grupos dos quais ele participou;
- registros de login;
- lista completa de contatos salvos no aparelho.
Entre os contatos identificados estão os do ministro Alexandre de Moraes e de sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, conforme revelou a coluna de Tácio Lorran.
💰 Outras quebras aprovadas
Além dos dados de WhatsApp, a CPMI já havia aprovado:
- a convocação de Vorcaro para depor;
- a quebra de sigilos bancário e fiscal, abrangendo o período de janeiro de 2016 a novembro de 2025.
A reportagem procurou Daniel Vorcaro para comentar a decisão, mas não obteve resposta até a publicação. O espaço segue aberto.
Damares comenta
⚠️ Reação dura da CPMI
O presidente da comissão, senador Carlos Viana, classificou a decisão de Toffoli como “grave” e afirmou que a medida enfraquece diretamente a investigação.
“Recebo com indignação profunda a decisão do ministro Dias Toffoli que determinou a retirada de documentos da CPMI do INSS”, afirmou Viana.
Segundo o senador, retirar documentos de uma CPMI em funcionamento:
- enfraquece a apuração;
- desorganiza o trabalho investigativo;
- e cria um precedente perigoso de interferência externa em um instrumento constitucional do Parlamento.
Para Viana, a decisão amplia a desconfiança da sociedade sobre possíveis tentativas de ocultação de informações relevantes no caso Banco Master.

Entre as informações encaminhadas à comissão, consta a lista de contatos telefônicos salvos por Vorcaro. Nela aparecem os números do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, segundo documentos obtidos pela reportagem.
Os dados fazem parte do material fornecido após a aprovação da quebra de sigilo pela CPMI, que investiga irregularidades no sistema previdenciário e possíveis conexões financeiras envolvendo instituições bancárias.
💰 Contrato milionário
Viviane Barci de Moraes manteve um contrato mensal de R$ 3,6 milhões com o Banco Master, que, ao longo do período, somou R$ 129 milhões, conforme revelou a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
O acordo previa atuação estratégica junto ao Banco Central, à Receita Federal e ao Congresso Nacional, segundo a apuração jornalística.
O telefone de Viviane também aparece entre os contatos armazenados no aparelho de Daniel Vorcaro.