🚨 INSS BARRA CREFISA: FINANCEIRA É AFASTADA DO PAGAMENTO DE NOVOS BENEFÍCIOS POR SUSPEITA DE COAÇÃO

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu, de forma preventiva, os contratos com a Crefisa, que não poderá mais fazer o pagamento de novos benefícios previdenciários. A medida foi tomada após a constatação de irregularidades graves, como coação de aposentados e pensionistas e a prática de venda casada.

A suspensão atinge apenas os benefícios concedidos a partir de agora — aposentadorias, pensões e auxílios. Os segurados que já recebem pagamentos pela Crefisa não serão afetados. O INSS ainda não detalhou qual banco assumirá os novos repasses.

A decisão tem grande impacto, já que a Crefisa venceu 25 dos 26 lotes regionais no leilão de 2024, garantindo o direito de pagar a maior parte dos novos benefícios do país até 2029. Só no ano passado, a expectativa do órgão era de 437 mil concessões mensais, com valor médio de R$ 1.824.

Segundo o INSS, a medida é cautelar e visa proteger aposentados e pensionistas “em situação de vulnerabilidade social”, enquanto durarem as investigações. A instituição reforçou que “não compactua com práticas que causem prejuízos ou desconfortos aos beneficiários”.

Até o momento, a Crefisa não se manifestou sobre a suspensão.

Dentre as principais irregularidades apresentadas pela empresa estariam a dificuldade ou impedimento no recebimento do benefício, registro de atrasos, recusas de pagamento e limitações de saque, além de suposta coação para abertura de conta corrente e venda casada de produtos.

De acordo com o INSS, por se tratar de uma medida cautelar, a suspensão se aplica aos novos pagamentos de benefícios, como medida necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público.

O órgão aponta ainda que houve reclamações no sentido de falta de estrutura adequada da empresa nas agências bancárias, o que resultava em filas extensas, ausência de caixas eletrônicos e “inadequação do espaço físico”.

Além disso, o INSS também recebeu reclamações sobre a portabilidades indevidas e não autorizadas, falta de um sistema de triagem e emissão de senhas e a ausência de informações claras e atendimento adequado.

Segundo o órgão, tais relatos foram recebidos por diferentes canais, como ofícios encaminhados por Procons, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e manifestações apresentadas diretamente pelos beneficiários, tanto nas agências da Previdência Social (APS) quanto na Ouvidoria do INSS, especialmente por meio da plataforma Fala.BR.

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