🚨 OPERAÇÃO MAIS LETAL DO RIO DEIXA 64 MORTOS E ESCALA CONFLITO ENTRE CASTRO E LULA
O Rio de Janeiro viveu, nesta terça-feira (28), o dia mais sangrento de sua história recente. Uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar, batizada de Operação Contenção, deixou 64 mortos e ao menos nove pessoas feridas, incluindo três civis e seis agentes de segurança.
Foram mobilizados 2.500 policiais em uma ofensiva contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, zonas Norte da capital.
O saldo da operação — a mais letal já registrada no estado — gerou pânico entre moradores, saques, toques de recolher impostos pela facção e uma nova crise política entre os governos estadual e federal.
⚔️ O QUE ACONTECEU
A ofensiva começou ao amanhecer e tinha como principal alvo Edgard Alves de Andrade, o “Doca”, chefe máximo do CV, foragido há sete anos e com 32 mandados de prisão e 273 registros criminais. O Disque Denúncia oferece R$ 100 mil por informações que levem à sua captura.
Durante as incursões, criminosos reagiram com drones lançando granadas contra os agentes, em uma demonstração inédita de poder de fogo. Até o fim do dia, 81 suspeitos foram presos, e as forças de segurança apreenderam mais de 90 fuzis, rádios comunicadores e 200 quilos de drogas.
Entre os detidos está Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quitungo”, considerado homem de confiança de Doca.
Dez líderes da facção capturados serão transferidos para presídios federais.
🕯️ POLICIAIS MORTOS

A operação teve um custo alto para as forças de segurança: quatro policiais morreram — dois civis e dois militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
Entre as vítimas estão o comissário Marcus Vinícius Cardoso, de 51 anos, baleado na cabeça após ser promovido no mesmo dia; o investigador Rodrigo Velloso Cabral, de apenas 40 dias de corporação; e os sargentos Heber Fonseca, de 39 anos, e Cleiton Gonçalves, de 42, ambos especialistas em tiros de precisão.
😨 PÂNICO ENTRE MORADORES
Após os confrontos, o Comando Vermelho ordenou toque de recolher nas comunidades sob seu domínio.
Comércios, padarias e oficinas foram obrigados a fechar as portas. Mensagens circularam em grupos de moradores alertando:
“⚠️ CV informa: ninguém sai de casa até segunda ordem.”
Moradores relataram tiros disparados de forma indiscriminada, invasões de domicílio e agressões, inclusive a uma mulher grávida, conforme denúncia da Ouvidoria da Defensoria Pública do Estado.
Houve também relatos de saques em mercados e roubos autorizados por criminosos para desviar a atenção da polícia.
O clima de medo se espalhou até áreas distantes dos complexos. Em bairros da Zona Norte, como Tijuca e Méier, comerciantes foram obrigados por homens armados a fechar lojas em plena luz do dia.
⚡ CONFLITO POLÍTICO
Enquanto a violência tomava conta das ruas, o episódio reacendeu o embate político entre o governador Cláudio Castro (PL) e o governo federal.
Castro criticou a ausência de apoio da União, afirmando que o Rio atua “sozinho contra o crime organizado”.
“Mais uma vez, não tivemos o auxílio de blindados nem de agentes federais”, disse o governador, chamando de “maldita” a decisão do STF que restringe operações em favelas — a chamada ADPF das Favelas.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu afirmando não ter sido consultado sobre a operação.
“Não recebi nenhum pedido do governo do Rio, nem ontem, nem hoje”, declarou.
A Marinha confirmou ter recebido um ofício em janeiro, após a morte de uma capitã, e disse ter posicionado blindados apenas no perímetro legal de 1,4 km de unidades militares.
🚧 MOBILIDADE PARALISADA
Durante todo o dia, avenidas e linhas de ônibus foram bloqueadas. Segundo a Rio Ônibus, 71 veículos foram incendiados ou usados como barricadas.
Mais de 200 linhas foram impactadas e o trânsito colapsou.
Moradores relataram viagens três vezes mais longas e sensação de “cidade sitiada”.
“Foi desesperador. Uma sensação de guerra urbana”, contou a fisioterapeuta Cinthia Gitahy, 45 anos, que levou quase duas horas para cruzar a cidade.
📍 CONTEXTO:
A Operação Contenção vinha sendo preparada havia 60 dias pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e pelas forças de elite do Rio, incluindo a CORE, o Bope e o Comando de Operações Especiais.
O objetivo era enfraquecer a base estratégica do CV nos morros da Penha e do Alemão — usados como quartéis-generais do tráfico e refúgio para chefes de outros estados.
🧩 LINHA FINA:
A megaoperação contra o Comando Vermelho deixa 64 mortos, quatro policiais entre as vítimas e provoca crise entre o governador Cláudio Castro e o governo Lula.