🚨 PF PRENDE DONO DO BANCO MASTER EM OPERAÇÃO QUE INVESTIGA CRIAÇÃO DE TÍTULOS DE CRÉDITO FALSOS

Operação Compliance Zero revela suspeita de fraudes bilionárias, fuga em jatinho e liquidação do conglomerado pelo Banco Central

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (18) a Operação Compliance Zero, que apura um esquema de fabricação e negociação de carteiras de crédito falsas dentro do Sistema Financeiro Nacional. O principal alvo é o banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso na noite anterior ao tentar embarcar em um jatinho no Aeroporto de Guarulhos — movimento que levantou suspeita de fuga.

A ação cumpre sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. Também foi preso Augusto Ferreira Lima, ex-CEO do Master.

Segundo a PF, o banco teria produzido carteiras de crédito sem lastro, vendido esses ativos a outra instituição e, após fiscalização do Banco Central, substituído os documentos por novos papéis sem avaliação técnica — indício de crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária, lavagem, formação de organização criminosa e outras infrações graves.


🔥 Prisão antecipada após tentativa de fuga

A operação estava prevista para ser deflagrada na manhã desta quarta. Mas, na noite de terça, investigadores identificaram que Vorcaro se preparava para decolar do país em um jatinho particular. A PF, então, antecipou a prisão, interceptando o banqueiro por volta das 22h em Guarulhos.

A defesa nega fuga e afirma que ele viajaria aos Emirados Árabes para assinar o contrato de venda do banco.


💥 Banco Central liquida o Banco Master

A prisão ocorreu no mesmo dia em que o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e da Master Corretora de Câmbio, além de instaurar um regime de administração especial temporária de 120 dias sobre o Banco Master Múltiplo.

Com a decisão, todo o conglomerado é retirado do Sistema Financeiro Nacional, e seus administradores têm os bens bloqueados.

A empresa EFB Regimes Especiais de Empresas assume a gestão e a liquidação do grupo.


💸 Tentativa de venda não resiste ao escândalo

Na véspera da operação, o Master havia anunciado que seria comprado pela Fictor Holding Financeira em parceria com investidores dos Emirados Árabes, com promessa de aporte imediato de R$ 3 bilhões. Com a liquidação decretada, o negócio praticamente se inviabiliza.


🧨 Histórico de irregularidades

A investigação teve início em 2024 após o Ministério Público Federal detectar inconsistências em carteiras de crédito supostamente fabricadas pelo banco. Documentos enviados pelo Banco Central já haviam resultado na abertura de um inquérito em setembro, quando o BC rejeitou a compra do Master pelo BRB (Banco de Brasília).

O BRB também foi alvo de buscas nesta quarta, e o presidente da instituição, Paulo Henrique Costa, foi afastado.


📉 Entenda o impacto

  • O BC concluiu que o modelo de negócios do Master era insustentável, com emissão de papéis garantidos pelo FGC e pagamento de juros muito acima do mercado.
  • A liquidação aciona o Fundo Garantidor de Créditos, que cobre até R$ 250 mil por CPF/CNPJ.
  • A instituição operava com alta captação, baixa liquidez e aquisição de ativos arriscados, como empresas quebradas e precatórios judiciais.

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