💸 João Campos toma empréstimos 2,5 vezes maiores que Raquel Lyra — proporcionalmente à receita
Mesmo com orçamento bem menor que o do Estado, prefeito do Recife já teve aval para R$ 3,7 bilhões; PSB barra pedido de Raquel na AlepeV

Enquanto o PSB tenta barrar na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um novo pedido de empréstimo da governadora Raquel Lyra (PSDB), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), recebeu nesta segunda-feira (16) autorização da Câmara Municipal para contrair mais R$ 900 milhões em empréstimos — somando R$ 3,7 bilhões desde 2021.
O número chama atenção quando comparado ao que Raquel conseguiu em seu mandato até agora. A governadora já teve R$ 9,2 bilhões autorizados pela Alepe, mas, considerando a diferença de arrecadação entre Estado e município, João Campos obteve aval para empréstimos proporcionalmente 2,5 vezes maiores do que a gestora estadual.
📊 O comparativo: João x Raquel
- Orçamento do Estado de Pernambuco em 2025: R$ 56,6 bilhões
- Orçamento da Prefeitura do Recife em 2025: R$ 9,8 bilhões
- Empréstimos autorizados a João Campos: R$ 3,7 bilhões
- Empréstimos autorizados a Raquel Lyra: R$ 9,2 bilhões
Em termos proporcionais, o Recife vem contraindo empréstimos em ritmo muito superior ao do Estado. A maioria dos vereadores na capital é ligada ao PSB, o que facilita as aprovações para João Campos. Já Raquel enfrenta resistência justamente do PSB na Alepe, que usa como argumento o fato de o Estado já ter recebido autorização de empréstimos elevados, como apontado pelo deputado Waldemar Borges (PSB) na semana passada.
🧮 Especialistas apontam contradição política
Dois economistas ouvidos pelo blog afirmaram que tanto o Estado quanto a Prefeitura do Recife estarem conseguindo novos financiamentos é positivo. No entanto, o contraste nos critérios de aprovação levanta suspeitas de uso político.
Eles destacam que, proporcionalmente, os empréstimos de João Campos são muito mais agressivos do que os de Raquel Lyra — apesar do PSB justificar o bloqueio da tucana por “excesso de endividamento”.
⏳ Outros entraves: emendas e execução lenta
Além da disputa política, parlamentares da Comissão de Justiça da Alepe citam a lentidão do governo estadual para captar os recursos já autorizados e o não pagamento das emendas parlamentares de 2024 e 2025 como entraves.
Segundo o deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), as emendas de 2024 deveriam ter sido liquidadas até dezembro passado, e metade das deste ano também já está atrasada.
🔍 “Oposição quer travar o programa de governo”, diz base aliada
Para a base governista, há clara motivação política na demora da Alepe em pautar o pedido de Raquel. A deputada Débora Almeida (PSDB), vice-líder do governo, afirmou que a oposição “justifica de forma diferente a cada semana” a obstrução da votação, mas o real objetivo seria impedir que Raquel Lyra consiga executar seu programa de governo.
📌 Destaques
- 📆 Novo empréstimo autorizado: Nesta segunda (16), a Câmara Municipal do Recife autorizou João Campos (PSB) a contratar mais R$ 900 milhões em empréstimos.
- 💰 Total já aprovado para o prefeito: Desde 2021, João Campos teve R$ 3,7 bilhões em empréstimos aprovados pela Câmara — R$ 2 bilhões só em 2023.
- 🆚 Comparação com o Estado: Raquel Lyra (PSDB) teve R$ 9,2 bilhões autorizados em seu mandato, mas a arrecadação do Estado é muito maior que a do município.
- ⚖️ Desproporção revelada por economistas: Comparando os orçamentos de 2025, os economistas apontam que João teve aval para contrair empréstimos 2,5 vezes superiores a Raquel Lyra, proporcionalmente à receita.
- 📊 Orçamento de Pernambuco (2025): R$ 56,6 bilhões
- 📊 Orçamento do Recife (2025): R$ 9,8 bilhões
- 🧨 Contradição política: O PSB, partido de João Campos, bloqueia na Alepe o novo empréstimo de R$ 1,5 bilhão pedido por Raquel, sob a alegação de “endividamento excessivo”.
- ⚠️ Outros argumentos contra Raquel: Deputados da oposição citam:
- Atraso na execução dos empréstimos já autorizados;
- Falta de pagamento das emendas parlamentares de 2024 e 2025.
- 🗣️ Governo rebate: Vice-líder da base, Débora Almeida (PSDB) diz que a oposição muda os argumentos “a cada semana” e que o verdadeiro objetivo seria bloquear a execução do programa de governo de Raquel Lyra.