VÍDEO: Inimigo nº 1 do PCC é executado a tiros em Praia Grande
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, conhecido como o maior inimigo do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto a tiros neste domingo (15), em Praia Grande, no litoral paulista.
Fontes entrou para a lista de alvos da facção nos anos 2000, quando indiciou e prendeu líderes históricos do PCC, como Marcola, hoje chefe máximo da organização criminosa, e mandou dezenas de integrantes para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes.
Além disso, ele foi o responsável por prender esposas de fundadores da facção, como Aurinete Carlos Félix, mulher de Cesinha, e Petronilha de Carvalho, casada com Geleião. Essas prisões atingiram diretamente o núcleo duro do PCC.
Fontes também ficou marcado por ter divulgado os primeiros organogramas da facção, colocando Marcola, Cesinha e Geleião no topo da hierarquia. Desde então, passou a viver sob constante ameaça de morte.
Entre 2019 e 2022, ele chegou ao cargo máximo da Polícia Civil paulista, como delegado-geral. Apesar do reconhecimento por endurecer o combate ao crime organizado, acumulou rivais não apenas no PCC, mas também dentro da própria corporação.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Linha do tempo de Ruy Ferraz Fontes x PCC
- Início dos anos 2000 – Fontes, titular da Delegacia de Roubo a Bancos do DEIC, indiciou todos os líderes do PCC por formação de quadrilha.
- 2002 – Com seu trabalho, vários chefes do PCC foram enviados para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)no presídio de Presidente Bernardes, recém-inaugurado.
- 2000–2005 – Prendeu esposas de fundadores da facção, atingindo o núcleo familiar de líderes como Cesinha e Geleião.
- 2000–2010 – Foi o primeiro a divulgar os organogramas do PCC, expondo publicamente a hierarquia da facção.
- 2019–2022 – Ocupou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, mantendo fama de “inimigo nº 1 do PCC”.
- 15/09/2025 – Foi assassinado a tiros em Praia Grande, no litoral paulista, após anos de ameaças de morte.