Número de jovens que não trabalham e nem estudam no Brasil é maior que de países vizinhos

JOVENS BRASILEIROS “NEM-NEM” SUPERAM VIZINHOS NA AMÉRICA DO SUL, DIZ OIT

O Brasil apresenta uma taxa alarmante de jovens entre 15 e 24 anos que nem trabalham nem estudam, conhecida como “nem-nem”, superando os índices de seus países vizinhos Argentina, Chile e Bolívia, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em 2023, 20,6% dos jovens brasileiros estavam fora do mercado de trabalho e do sistema educacional, uma ligeira diminuição em relação aos 20,9% registrados em 2022. No entanto, os números ainda são preocupantes quando comparados aos países vizinhos: na Argentina, a taxa de “nem-nem” é de 15%; no Chile, 15,3%; e na Bolívia, 9,5%.

Globalmente, um em cada cinco jovens não está envolvido em atividades educacionais ou profissionais. O relatório da OIT destaca que, embora a situação tenha melhorado nos últimos quatro anos, com uma recuperação desigual no mercado de trabalho pós-pandemia, os desafios permanecem maiores para jovens em países emergentes e em desenvolvimento.

Além disso, a disparidade entre os gêneros é marcante. Dois em cada três jovens “nem-nem” são mulheres, refletindo um impacto desproporcional na recuperação pós-pandemia. Em 2023, a taxa global de mulheres jovens fora do trabalho e da educação é de 28,1%, enquanto a de homens é de 13,1%.

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