Alckmin esteve ao lado do líder do Hamas e dos líderes dos Houthis, Hezbollah e Jihad Islâmica

Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, foi morto em um ataque aéreo em Teerã na terça-feira, 30 de julho. Poucas horas antes do ataque, Haniyeh participou da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. No evento, Haniyeh se encontrava a poucos metros de distância do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), que representou o governo brasileiro na cerimônia.

Uma imagem divulgada pela Press TV, emissora estatal iraniana, mostra Alckmin sentado a poucas cadeiras de Haniyeh. Apesar da proximidade, não houve interação entre os dois. Entre o vice-presidente brasileiro e o líder do Hamas estavam outras figuras notórias de grupos radicais islâmicos e terroristas: Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthi; Ziyad Al-Nakhalah, líder da Jihad Islâmica; e o general Naim Assem, vice-líder do Hezbollah.

Abdulsalam, porta-voz dos Houthi, um grupo de rebeldes xiitas apoiados pelo Irã, está localizado imediatamente à direita de Alckmin na foto. Os Houthis, com um arsenal que inclui mísseis de cruzeiro e balísticos, têm sido aliados do Irã e participaram de ataques a Israel em solidariedade ao Hamas desde o ataque de 7 de outubro, que levou a uma ofensiva israelense em Gaza.

Centralizado entre Alckmin e Haniyeh, na terceira cadeira, estava Ziyad Al-Nakhalah, líder da Jihad Islâmica. Fundada na década de 1980, a Jihad Islâmica é o segundo maior grupo terrorista na Faixa de Gaza, frequentemente colaborando com o Hamas em atividades contra Israel. O grupo recebe apoio financeiro e armamento do Irã.

Na quarta cadeira, à esquerda de Haniyeh, estava o general Naim Assem, vice-líder do Hezbollah. O Hezbollah, uma organização político-militar xiita com sede no Líbano, também recebe apoio do Irã e é visto como uma organização terrorista pelos EUA e Israel. Recentemente, o Hezbollah foi acusado de atacar Israel, resultando na morte de 12 crianças em Majdal Shams. Israel retaliou com bombardeios no Líbano, resultando na morte de Fuad Shukr, um alto comandante do grupo.

Pezeshkian assume a presidência iraniana no lugar de Ebrahim Raisi, que faleceu em um acidente de helicóptero em maio. Haniyeh, presente na cerimônia de posse, evidenciava a proximidade do regime iraniano com o Hamas, que conta com significativo apoio financeiro e militar do Irã.

Geraldo Alckmin foi designado por Lula para representar o Brasil na posse de Pezeshkian, após a primeira-dama, Janja, ter representado o país nos Jogos Olímpicos de Paris. O Hamas e a mídia estatal iraniana responsabilizam Israel pela morte de Haniyeh, um líder crucial para suas negociações e diplomacia. As Forças Armadas de Israel ainda não comentaram o incidente.

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