Após caso de assédio, Caixa terá que pagar R$ 14 milhões

Mais de dois anos após o escândalo de assédio sexual e moral que envolveu o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o banco já foi condenado em pelo menos quatro ações judiciais e firmou dois acordos trabalhistas, somando R$ 14 milhões em indenizações. A informação foi divulgada pela jornalista Thaísa Oliveira, da Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira, 16 de setembro.

O valor das indenizações pode aumentar substancialmente, especialmente em razão de um processo movido por Edneide Lisboa, viúva do ex-diretor Sérgio Batista. A defesa de Edneide solicita uma compensação de R$ 40 milhões, segundo dados da reportagem.

Fontes judiciais apontam que a Caixa foi condenada a pagar uma indenização recorde por danos morais à viúva, a maior já registrada na Justiça do Trabalho.

O escândalo

Em 2022, a Caixa foi multada em R$ 10 milhões e firmou um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), encerrando investigações relacionadas aos casos de assédio. Em janeiro de 2023, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado pelo banco após a comprovação de perseguições a funcionários durante a gestão de Guimarães.

Além disso, o banco foi condenado em processos trabalhistas em São Paulo, Amazonas e Distrito Federal. Em um dos casos, a Justiça determinou o pagamento de R$ 400 mil por assédio moral, em ação movida pela Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag), desde 2020.

Outra condenação envolve o pagamento de R$ 3,5 milhões por coerção de funcionários em São Paulo, onde trabalhadores foram forçados a realizar flexões. Em um terceiro caso, um empregado recebeu uma indenização de R$ 52 mil por ter sido constrangido a comer pimenta, sob ordens de Guimarães.

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