Bolsonaro quer permissão do STF para comparecer à posse de Trump nos EUA

Ex-presidente está impedido de deixar o país por conta de investigações sobre suposta tentativa de golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que pretende solicitar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para participar da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. A cerimônia de posse do republicano, marcada para 20 de janeiro, pode contar com a presença de Bolsonaro caso ele consiga liberação judicial. Bolsonaro, que está impedido de sair do país devido a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, teve o passaporte retido no decorrer do processo.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Bolsonaro afirmou que, se convidado por Trump, irá “peticionar ao STF e ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral]” para poder viajar aos EUA. O ex-presidente destacou sua proximidade com o ex-presidente americano e expressou confiança de que Trump o convidaria. “Se o Trump me convidar, eu talvez seja a única pessoa do Brasil que ele vá chamar para a posse”, afirmou Bolsonaro, acrescentando: “Agora, você acha que ele vai convidar o [presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva]? Talvez protocolarmente”.

No cenário internacional, Trump venceu a então candidata democrata Kamala Harris nas eleições norte-americanas realizadas na última terça-feira (5).

Bolsonaro criticou a retenção de seu passaporte, medida determinada por Moraes em meio às investigações sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e uma suposta tentativa de golpe. O ex-presidente alegou já ter tido três pedidos de viagem internacional negados, sendo um deles para acompanhar Trump durante a apuração eleitoral na Flórida, onde o republicano reuniu apoiadores em Mar-a-Lago.

Eduardo Bolsonaro estreita laços com Trump

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, esteve entre os 85 convidados de Trump na apuração eleitoral em Mar-a-Lago. Segundo Jair Bolsonaro, Eduardo possui uma relação próxima com Trump, evidenciada pelo convite ao evento e pela permissão de levar o ex-ministro Gilson Machado e seu filho como acompanhantes. “O Eduardo tem uma amizade enorme com ele. Essa admiração do Trump por mim é algo que veio naturalmente, pela forma como o tratei”, declarou Bolsonaro.

O ex-presidente também expressou indignação com as acusações de golpismo. “Há dois anos querendo me incriminar como golpista. Isso é um absurdo”, afirmou.

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