Brasil registra 5.514 casos de febre de Oropouche em 2025, com alta de 64%

O Brasil contabilizou 5.514 casos de febre de Oropouche nas primeiras oito semanas de 2025, representando um aumento de 64% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 3.353 infecções. Os dados são do Ministério da Saúde.

Espírito Santo concentra 84% dos casos, com 4.643 infecções. Outros estados com números expressivos incluem Rio de Janeiro (487) e Paraíba (287). Há registros menores em Minas Gerais, Amapá, Ceará, Distrito Federal e Roraima.

Expansão da doença preocupa autoridades

A febre de Oropouche, antes restrita à Amazônia, começou a se espalhar por outras regiões do Brasil a partir de 2024. O vírus, identificado no país pela primeira vez em 1960, é transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis(maruim). Estudos indicam que o pernilongo Culex quinquefasciatus também pode ser vetor em áreas urbanas.

A faixa etária mais afetada é a de 30 a 49 anos, que representa 37% dos casos registrados em 2025.

Sintomas e diagnóstico

A febre de Oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, como febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, náusea e diarreia. Em casos mais graves, pode atingir o sistema nervoso central, causando meningite asséptica ou manifestações hemorrágicas.

O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial, e todos os casos devem ser notificados imediatamente, devido ao potencial epidêmico do vírus.

Prevenção e tratamento

Ainda não há um tratamento específico para a febre de Oropouche. O Ministério da Saúde recomenda repouso, hidratação e acompanhamento médico. Entre as medidas preventivas estão:
✔️ Uso de roupas compridas e repelente
✔️ Limpeza de terrenos e áreas de criação de animais
✔️ Instalação de telas em portas e janelas

Diante do avanço acelerado da doença, autoridades sanitárias monitoram o cenário para conter novos surtos.

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