Brasil se abstém em votação na OEA que cobrava transparência de Maduro
Em uma votação realizada nesta quarta-feira (31/7) na Organização dos Estados Americanos (OEA), o governo brasileiro se absteve de apoiar uma resolução que exigia transparência nos resultados das recentes eleições na Venezuela, aumentando ainda mais a pressão internacional sobre o presidente Nicolás Maduro. O texto final da proposta não foi aprovado.
Para a aprovação da resolução, eram necessários 18 votos favoráveis. No entanto, além da abstenção do Brasil, a Colômbia também se absteve de votar, e o México, que reconheceu a vitória de Maduro, não participou da votação. Apenas 17 dos 34 países membros da OEA votaram a favor do texto.
A resolução, liderada por Estados Unidos, Uruguai, Paraguai e Argentina, incluía exigências para que o governo de Maduro divulgasse os resultados das eleições realizadas no último domingo e permitisse a presença de observadores independentes para verificar os dados do pleito. Além disso, pedia respeito aos direitos humanos e ao direito de manifestação na Venezuela.
Na véspera da votação, a OEA rejeitou os resultados finais das eleições divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, afirmando que os números apresentados não mereciam confiança ou “reconhecimento democrático”.