Desemprego cresce em oito capitais no primeiro trimestre
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 17, os resultados trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), evidenciando um aumento na taxa de desemprego no Brasil durante o primeiro trimestre de 2024. De acordo com os dados, a taxa de desocupação passou de 7,4% para 7,9%, refletindo um cenário de crescimento que afetou oito unidades da federação.
A análise das grandes regiões revela que o Nordeste, Sudeste e Sul do país foram as áreas mais impactadas, com aumentos nas taxas de desemprego, enquanto o Norte e o Centro-Oeste mantiveram-se estáveis. Segundo Adriana Beringuy, Coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, a maioria das unidades federativas apresentou uma tendência de crescimento, sendo que apenas oito registraram um aumento estatisticamente significativo, com o Amapá sendo a única exceção.
Apesar de ter apresentado uma queda na comparação trimestral, o estado do Amapá ainda registrou a terceira maior taxa de desocupação do país, ficando atrás apenas da Bahia e Pernambuco. Outros estados que viram um aumento na desocupação incluem Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, enquanto Rondônia e Mato Grosso permaneceram estáveis, com a menor taxa no período.
Na comparação anual, entre o primeiro trimestre de 2023 e 2024, nenhum estado registrou um aumento significativo na taxa de desemprego. Beringuy observa que isso indica uma influência dos padrões sazonais no curto prazo, mas ressalta que a trajetória de queda anual, já observada em trimestres anteriores, se manteve.
Rendimento Médio no País Apresenta Crescimento, Especialmente no Sul
Em relação aos rendimentos, o IBGE estima que o rendimento médio habitual no país atingiu 3.123 reais, mostrando um crescimento tanto em comparação com o último trimestre de 2023 quanto com o primeiro trimestre de 2023. Na comparação trimestral, apenas a região Sul registrou um crescimento, enquanto as demais se mantiveram estáveis. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o rendimento aumentou nas regiões Norte, Sudeste e Sul, permanecendo estável nas demais.
A massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos habitualmente recebidos alcançou 308,3 bilhões de reais, mantendo-se estável em comparação com o trimestre anterior e registrando um aumento em relação ao primeiro trimestre de 2023. Todas as grandes regiões apresentaram um aumento na massa de rendimento em ambas as comparações.