“ESCÂNDALO BILIONÁRIO: Lei aprovada às pressas livra bancos da Faria Lima de investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC e grupo terrorista Hezbollah”

O Esquema Que Abalou o Coração Financeiro do Brasil
Imagine R$ 61 bilhões – isso é mais dinheiro do que muitos países têm em seus cofres. Agora imagine esse dinheiro sendo lavado através de criptomoedas para o PCC e até para o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano. Foi exatamente isso que a Polícia Federal descobriu em uma operação que deveria ter mudado tudo. Mas não mudou.
Como Funcionava o Esquema
Era simples e genial ao mesmo tempo: criminosos usavam bancos brasileiros para mandar dinheiro para o exterior, dizendo que era para “aumentar o capital” de empresas fantasmas nos EUA. Na verdade, o dinheiro comprava Bitcoin e outras criptomoedas que iam direto para as mãos do crime organizado.
O truque? Mentir sobre o motivo da transferência pagava menos imposto (0,38% em vez de 1,1% de IOF). E os bancos? Fechavam os olhos.
Os Bancos Que Entraram na Dança
Cinco grandes bancos foram investigados:
- Santander (sim, aquele gigante)
- Banco Master
- Banco Genial
- Travelex
- Haitong
Enquanto isso, outros bancos como Itaú e UBS perceberam que tinha coisa errada e denunciaram o esquema. A diferença de atitude chamou atenção da PF.
O Personagem Mais Polêmico: Dante, o “Amigo” do Hezbollah
Dante Felipini, um jovem operador de criptomoedas da Faria Lima, foi filmado atirando com fuzil AK-47 no Líbano junto com membros do Hezbollah. Em mensagens, ele escreveu: “Essa arma matou mais judeu que Hitler” e quando soube que Israel tinha bloqueado uma carteira de bitcoin que ele usava, respondeu: “Que se f*** Israel”.
Ele movimentou R$ 13,2 bilhões e foi condenado a 17 anos de prisão – mas absolvido justamente da acusação de financiar terrorismo.

A Reviravolta: Como os Bancos Escaparam
Aqui vem a parte mais impressionante: enquanto a PF investigava, o Congresso mudou a lei do câmbio. A mudança, sugerida pelo próprio Banco Central, tirou dos bancos a responsabilidade de verificar se as operações eram legítimas.
Antes: Bancos e clientes dividiam a responsabilidade Depois: Só o cliente responde se mentir
Resultado? Sem crime, sem punição. Os bancos se livraram de tudo.

O Timing Suspeito
- 2020: Começa a investigação
- 2021: Lei é alterada no Congresso
- 2022: PF faz operação e descobre que não pode mais punir os bancos
- 2023: Regulamentação final enterra de vez as acusações
As Conexões Perigosas
O dinheiro não ia só para o PCC. Investigadores encontraram:
- Transferências para carteiras de bitcoin sancionadas por Israel
- Ligações com a Força Quds (elite militar do Irã)
- Conexões com o assassinato do delator Gritzbach no aeroporto de Guarulhos
- Envolvimento com a casa de apostas 7K, patrocinadora do Santos FC
O Que Dizem os Envolvidos
Os bancos: “Cumprimos todas as leis e colaboramos com as investigações”
O Banco Central: “A nova lei aumentou a responsabilidade dos bancos” (embora na prática tenha feito o contrário)
A defesa de Dante: “Ele era só um jovem empreendedor em um mercado pouco regulado”
Por Que Isso Importa Para Você
Este caso mostra como o sistema financeiro brasileiro pode ser usado para lavar dinheiro do crime organizado e até financiar terrorismo internacional. E quando a coisa apertou, uma mudança conveniente na lei salvou os grandes bancos de qualquer punição.
Os R$ 61 bilhões que passaram por esse esquema poderiam ter construído milhares de escolas, hospitais ou casas populares. Em vez disso, financiaram crime e terror.