Esportes da Sorte se pronuncia após Operação Integration
No domingo (8), Gabriel Oliveira, diretor jurídico da Esportes da Sorte, publicou um vídeo em suas redes sociais atacando a recente operação da Polícia Federal, que resultou na prisão do proprietário da empresa, Darwin Henrique da Silva Filho, e sua esposa, Maria Eduarda Filizola. Oliveira descreveu a ação como um “desserviço à nação” e defendeu a empresa, que segundo ele, sempre atuou com total transparência.
A operação “Integration” investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, e também resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra. Oliveira afirmou que a Esportes da Sorte sempre operou dentro da legalidade e com total transparência, com suas operações financeiras realizadas através de instituições autorizadas e procedimentos aprovados pelo Banco Central.
“Estamos sendo acusados de nossa transparência e conformidade legal. Nossa empresa sempre lutou pela regulamentação eficaz e responsável do setor”, declarou Oliveira, que também destacou a importância da empresa no setor de apostas, afirmando que a operação representa um retrocesso e ameaça empregos gerados pelo setor.
Fundada em 2018, a Esportes da Sorte, que possui sede em Curaçao e licença internacional, é uma das pioneiras na indústria de apostas no Brasil. Com um portfólio que inclui apostas em futebol, e-sports e jogos de cassino, a empresa tem investido significativamente no patrocínio de clubes brasileiros, como Corinthians, Bahia e Athletico.
Darwin Henrique da Silva Filho, em entrevista ao GLOBO no mês passado, havia defendido a regulamentação das apostas e a necessidade de que apenas empresas com reputação ilibada permanecessem no mercado. Ele enfatizou a importância de práticas como compliance e prevenção a fraudes.
A operação “Integration” também resultou na prisão de Deolane Bezerra em Boa Viagem, Recife, e na emissão de 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em várias cidades do Brasil. A Polícia Civil de Pernambuco, com apoio da Interpol e das polícias civis de vários estados, bloqueou ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões dos investigados, além de sequestrar bens como veículos de luxo, imóveis e aeronaves.
Adélia Soares, advogada de Bezerra, declarou que a cliente tem “plena confiança na Justiça” e está colaborando com as autoridades. As investigações seguem em sigilo.