EXECUTOU MÃE ENQUANTO AMAMENTAVA: CONDENADO A MAIS DE 28 ANOS DE PRISÃO EM PERNAMBUCO

O Tribunal de Justiça de Pernambuco condenou a 28 anos, 1 mês e 15 dias de prisão, em regime fechado, Victor Hugo Lima da Silva, de 26 anos. Ele foi considerado um dos executores do assassinato brutal da comissária de bordo Dinorah Cristina Barbosa da Silva, morta a tiros enquanto amamentava a filha de apenas 8 meses em casa, no bairro de Maranguape II, em Paulista, Região Metropolitana do Recife.

O júri popular aconteceu nesta terça-feira (5), no Fórum de Paulista, sob a presidência do juiz Thiago Fernandes Cintra. Victor Hugo foi o quinto dos dez réus envolvidos no crime a ser julgado. Todos foram presos em 2020 durante a Operação Caixa Preta, da Polícia Civil.

Segundo o Ministério Público, Victor Hugo foi um dos dois homens encapuzados que invadiram a residência de Dinorah e efetuaram os disparos. O crime ocorreu na presença da mãe da vítima e da criança, que não foram atingidas.

A promotora Liana Menezes explicou que Victor confessou o crime durante a prisão, alegando ter recebido R$ 4 mil para executar Dinorah a mando de Mayk Fernandes dos Santos, ex-companheiro da vítima e pai da criança. No entanto, mais tarde, o réu voltou atrás e negou envolvimento.

“O feminicídio tem como base o ódio à mulher. Dinorah foi assassinada porque decidiu manter a gravidez, contrariando a vontade de Mayk e da sogra dele, que chegaram a planejar uma tentativa de homicídio dias antes”, destacou a promotora.

ENTENDA O CASO

  • O crime aconteceu em 24 de outubro de 2019, no bairro de Maranguape II, em Paulista.
  • Dinorah foi morta a tiros enquanto amamentava a filha de 8 meses, dentro de casa.
  • Segundo a investigação, o mandante do crime foi o ex-companheiro, Mayk Fernandes, inconformado com a gravidez.
  • Dinorah se recusou a fazer um aborto, mesmo após ser levada por Mayk a uma clínica em São Paulo.
  • Mayk e a mãe dele, Maria Aparecida Brandão Batista, viajaram para Pernambuco para contratar os executores do crime.

As investigações apontam que o assassinato foi premeditado e motivado por ódio à decisão da vítima de manter a gestação. A Justiça já julgou e condenou outros envolvidos. A defesa de Victor Hugo não comentou a sentença, mas ainda pode recorrer.

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