Facções Criminosas Isolam Milhões de Brasileiros: Estado Não Consegue Nem Consertar Telefone em Comunidades Controladas pela Máfia
O GLOBO

ENTENDA A SITUAÇÃO
O problema é grave demais para ignorar
Facções criminosas estão literalmente fechando cidades no Brasil. Não estamos falando de roubo ou tráfico: estamos falando de organizações criminosas que proíbem o Estado de entrar em seus territórios.
Documentos da Polícia Federal mostram que em Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Mato Grosso, o crime organizado criou zonas proibidas. Lá, até o governo não consegue chegar.
O que o crime organizado proíbe?
Serviços que NÃO funcionam em áreas de favela controladas:
🏥 Fiscalização de trabalho – Inspetores não conseguem verificar se trabalhadores estão sendo explorados
☎️ Telefonia e internet – A Agência de Telecomunicações não consegue desligar as operações ilegais. Resultado? Pessoas que deveriam ter telefone ligitimo recebem sinal pirata
⚡ Energia elétrica – Técnicos da Light (fornecedora de energia do Rio) não conseguem nem investigar furtos de eletricidade
✈️ Segurança aérea – Uma rádio clandestina NO AEROPORTO DO GALEÃO interferia em pousos e decolagens. Ninguém conseguiu desmontar porque estava em área controlada pelo Comando Vermelho
🚨 Investigação de crimes – Policiais investigadores têm que fazer rotas de fuga antes de entrar em algumas comunidades
QUEM CONTROLA ESSAS ÁREAS?
As facções mais perigosas:
COMANDO VERMELHO (CV)

- Controla 70 municípios no Rio
- Está em 20 estados
- Principal atividade: tráfico de drogas
PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL (PCC)
- Nasceu em presídio de São Paulo
- Agora está em 25 estados
- Impõe toque de recolher em cidades inteiras
- Impede conserto de orelhões e outros serviços básicos
TERCEIRO COMANDO PURO (TCP)
- Menor, mas igualmente violento
- Também controla territórios
A REALIDADE ASSUSTADORA
O que os documentos oficiais revelam:
1️⃣ Rotas de fuga para fiscais – A PF desenhou no mapa ROTAS DE FUGA para auditores fiscais no caso de serem baleados
2️⃣ Barricadas de carros queimados – Acesso bloqueado com automóveis incendiados (veja na foto: Vila Cruzeiro)
3️⃣ Alertas “é muito arriscado entrar” – Em 6 de outubro, a PF disse que tinha “probabilidade muito alta” de encontrar grupos armados. Resultado: a fiscalização foi cancelada
4️⃣ Dois lados do mesmo problema – Em Pilares, tinha milícia de um lado da rua e Comando Vermelho do outro. Não tinha pra onde correr
5️⃣ Rádios piratas interferindo em avião – Uma rádio clandestina no Aeroporto do Galeão interferia em comunicações de pousos. Ninguém conseguiu tirar do ar
O IMPACTO NA VIDA REAL
Quem sofre com isso?
Você que vive na favela:
- Sem fiscalização do trabalho → Chefe explora trabalhador sem medo
- Sem tecnécnico da Anatel → Roubo de sinal é normal
- Sem reparos na Light → Ligação irregular e perigosa
- Sem polícia → Crime cresce, insegurança aumenta
Passageiros do aeroporto:
- Avião quase colidindo por interferência de rádio pirata
Empresas:
- Light perde milhões com roubo de energia
- Operadoras perdem milhões com internet pirata
- Aeroporto corre risco constante
O QUE O GOVERNO ESTÁ FAZENDO?
Soluções em discussão:
❌ Megaoperações – Ajudam um tempo, mas depois tudo volta. O problema é TERRITORIAL, não é operação policial
✅ Projeto Antifacção – O governo mandou pro Congresso uma nova lei contra as facções. Pode ser votada esta semana
💬 Negoção com líderes comunitários – Ex-secretário de segurança sugere conversar com líderes de comunidade, para que eles negocem com criminosos (medida paliativa)
🎯 Mapa de riscos – PF mapeou todos os locais perigosos para que servidor público saiba se vai voltar ou não
OS NÚMEROS REVELAM TUDO
- 4 estados afetados
- 70 municípios do Rio controlados pelo CV
- 20 estados com presença do CV
- 25 estados com presença do PCC
- 6 meses – tempo em que a rádio pirata interferia no Galeão sem conseguir tirar
- Documentos sigilosos comprovam que Estado é impedido de atuar
POR QUE ISSO IMPORTA?
Quando o crime organizado consegue bloquear o Estado em comunidades inteiras, significa que a soberania nacional está sendo questionada.
Não é mais só um problema de segurança pública. É um problema de:
- Saúde (sem inspeção)
- Trabalho (sem fiscalização)
- Comunicações (interferência em infraestrutura crítica)
- Aviação (risco de acidente)
O QUE FAZER?
- Cobrar do Congresso aprovação rápida do Projeto Antifacção
- Exigir operações permanentes (não só megaoperações)
- Investir em presença estatal nesses territórios
- Reconhecer que isto é uma questão de segurança nacional, não de “periferia”
O Brasil não pode ter 70 municípios governados por traficantes em vez do Estado.