Haddad revela bastidores do aumento do IOF:“Medida vinha sendo estudada há muito tempo e foi debatida na mesa do presidente”.

O Globo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou com exclusividade ao GLOBO sobre a polêmica decisão de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o rápido recuo após reação negativa do mercado e críticas internas.

Segundo ele, o ajuste no IOF “foi debatido na mesa do presidente Lula”, que convoca “os ministros que considera pertinentes”. O aumento das alíquotas vinha sendo estudado “há bastante tempo”, e a equipe econômica está “sempre reavaliando medidas regulatórias”.

Recuo após pressão
Sob pressão de conselheiros e do próprio mercado, Haddad convocou uma reunião virtual e decidiu suspender a taxação sobre investimentos no exterior feitos por fundos brasileiros, medida que havia sido interpretada como uma tentativa de controle de capitais — o que o governo nega.

Apesar da confusão, Haddad rebate críticas internas sobre a falta de estratégia de comunicação. Para ele, “quanto mais diálogo e humildade, mais se constrói reputação” e avalia que rever medidas controversas é postura de uma equipe séria.

Por que aumentar o IOF?
O ministro argumenta que “interromper um ciclo de redução de imposto não é aumento”, e que o governo precisa equilibrar receitas para bancar os gastos públicos. Sobre resistência no Congresso, destaca que a abertura para rever renúncias fiscais “é um escândalo” e deve ajudar a conter o rombo das contas.

Medidas podem ser ajustadas no futuro
Haddad diz que ajustes regulatórios são constantes e feitas “para acertar o ponto de equilíbrio”. Ele não descarta novas revisões se identificadas falhas ou mensagens equivocadas, como ocorreu com o recuo no IOF.

Comunicação e coordenação
O ministro esclarece que a Secretaria de Comunicação não participou diretamente da estratégia do anúncio e que a decisão de convocar ministros cabe ao presidente. Lula, segundo Haddad, não o contactou após o recuo, e a medida foi revista com base em avaliação técnica e consultas a conselheiros.

Perspectivas e desafios
Sobre a economia, Haddad destaca que o crescimento e o emprego avançam, mas reconhece que a popularidade do presidente Lula não depende só dos números econômicos, citando a polarização cultural e temas sociais.

Ele afirma ainda que a harmonia entre Fazenda, Banco Central e Congresso será fundamental para manter o arcabouço fiscal, e que o ajuste das contas depende mais do Parlamento do que do governo.

Futuro político
Questionado sobre as eleições de 2026, Haddad diz que não pretende ser candidato e que a chapa Lula-Alckmin deve ser mantida, elogiando o vice-presidente.

💥 “IOF foi debatido na mesa do presidente Lula, que convoca os ministros que considera pertinentes.”
— Haddad esclarece a decisão envolvendo o aumento do imposto.


⚠️ Recuo imediato após pressão:
Ministro voltou atrás e suspendeu taxação sobre investimentos no exterior após confusão no mercado.


🔥 “Interromper o ciclo de queda do IOF não é aumento de imposto.”
Haddad rebate críticas e defende manutenção de receitas para honrar gastos do governo.


💣 Escândalo dos gastos tributários no Brasil:
“Gasto tributário está em patamares inéditos” e Congresso já avalia revisão.


🎯 Medidas regulatórias serão calibradas o tempo todo:
“Estamos sempre reavaliando o IOF e outras medidas para acertar o ponto de equilíbrio.”


🚫 Negação de controle de capitais:
“Nunca esteve no horizonte do governo estabelecer controle de capital.”


📉 Equipe econômica não errou na comunicação:
“Revisamos a medida e agimos rápido para corrigir antes da abertura do mercado.”


⚖️ Diálogo aberto e transparência:
Haddad defende postura franca e revisão das medidas para evitar prejuízos à economia.


📈 Economia cresce, empregos batem recordes, mas popularidade não acompanha:
“A agenda cultural da extrema direita pesa mais que a economia na avaliação atual.”


🔥 Reforma tributária e ajuste fiscal seguem firmes:
“Não abro mão de nada, mas o ajuste depende muito mais do Congresso.”


🤝 Alinhamento no governo:
“Rui Costa e eu estamos mais alinhados; divergências são naturais e produtivas.”


⏳ Haddad não pensa em deixar o cargo:
“Meu foco é entregar resultados, não especular sobre candidaturas.”

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