INFLAÇÃO FREIA EM MAIO E SURPREENDE O MERCADO: IPCA SOBE 0,26% E ACUMULADO EM 12 MESES FICA EM 5,32%

A inflação oficial do país desacelerou mais do que o esperado em maio. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% no mês, abaixo da previsão do mercado, que projetava alta de 0,34%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPCA acumula avanço de 2,75% em 2025 e 5,32% nos últimos 12 meses — número ainda pressionado, mas inferior aos picos registrados no mesmo período do ano passado.
O que puxou a inflação para baixo?
A desaceleração foi influenciada por quedas expressivas no grupo Alimentação e Bebidas, que tem forte peso no índice. O grupo subiu apenas 0,17% em maio, após alta de 0,82% em abril — menor variação desde agosto de 2024.
Itens essenciais tiveram redução nos preços:
- Tomate: -13,52%
- Arroz: -4,00%
- Ovo de galinha: -3,98%
- Frutas: -1,67%
Por outro lado, alguns produtos ficaram mais caros, como:
- Batata-inglesa: +10,34%
- Cebola: +10,28%
- Café moído: +4,59%
- Carnes: +0,97%
Energia pressiona
O grupo Habitação teve alta de 1,19%, puxado principalmente pelo aumento de 3,62% na energia elétrica residencial, o que adicionou 0,14 ponto percentual ao IPCA do mês.
Transportes aliviam o índice
Já o grupo Transportes apresentou queda de 0,37%, ajudando a conter a pressão inflacionária. A combinação entre alívio nos alimentos e recuo nos transportes acabou compensando o impacto da energia elétrica.
Resumo do IPCA de maio:
- Inflação no mês: 0,26%
- Acumulado no ano: 2,75%
- Acumulado em 12 meses: 5,32%