Investigação indica que Nego Di não doou R$ 1 milhão para o RS; Tudo era uma farsa

Preso no último domingo, dia 14, o influenciador Nego Di teve seu sigilo bancário quebrado, revelando uma farsa em relação à doação prometida às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Documentos obtidos indicam que, ao contrário da declaração de um milhão de reais em doações, o valor realmente transferido foi de apenas cem reais.

O humorista, conhecido por sua participação no “Big Brother Brasil”, havia anunciado com grande alarde em suas redes sociais uma doação de R$ 1 milhão para uma vaquinha online destinada a ajudar as vítimas das fortes chuvas que atingiram o estado em abril de 2024. Nego Di havia incitado celebridades, como Xuxa e os podcasters Mítico e Igão, a se engajarem na causa.

Em um post no Instagram, ele afirmou: “Galera, gostaria de compartilhar com vocês uma decisão que a gente tomou aqui em casa hoje, minha patroa e eu. Decidimos doar R$ 1 milhão para o Rio Grande do Sul. Mandei R$ 1 milhão para a vaquinha do meu parceiro Badin [Colono], que já estava em R$ 50 milhões — eu sou um desses R$ 51 milhões”. No entanto, a veracidade dessa declaração foi contestada pelas autoridades após a quebra de seu sigilo bancário.

Segundo informações divulgadas pela Band do Rio Grande do Sul, o único valor encontrado na data da suposta doação foi um PIX de R$ 100, evidenciando a discrepância entre o anunciado e a realidade.

O Ministério Público ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, aguardando a análise dos documentos obtidos durante as buscas realizadas nas residências de Nego Di. O site Vakinha, para o qual a doação teria sido feita, não fornece informações adicionais devido à Lei Geral de Proteção de Dados.

Prisão e Esquema Fraudulento

Além da controvérsia sobre a doação, Nego Di enfrenta acusações de fraude. Ele foi preso por suspeita de enganar pelo menos 370 clientes na venda de eletrodomésticos através de uma loja virtual de sua propriedade. A investigação da Polícia Civil revela que, embora os clientes tenham pago por produtos como televisores e aparelhos de ar-condicionado, estes nunca foram entregues.

De acordo com a investigação, o estoque dos produtos nunca existiu, e o site permitia a venda de itens que não estavam disponíveis. Diante das reclamações, Nego Di garantia que as entregas seriam realizadas, embora soubesse que isso não seria possível.

Com a prisão, Nego Di será convocado a prestar esclarecimentos à Polícia. A Justiça também decretou a prisão preventiva de Anderson Boneti, sócio de Nego Di, que foi detido na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023 e libertado poucos dias depois.

As autoridades estimam que o prejuízo causado aos clientes lesados ultrapasse R$ 330 mil, embora se acredite que outras vítimas possam ter sido prejudicadas, mas ainda não tenham formalizado denúncia.

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