Irmão do deputado Coronel Meira atira em major do Exército após briga em posto de gasolina no Grande Recife

Confronto violento terminou com os dois militares feridos e hospitalizados. Polícia investiga disparo de arma de fogo feito por capitão reformado da PM.

G1

O capitão reformado da Polícia Militar de Pernambuco Delamo e Silva Meira, irmão do deputado federal Coronel Meira (PL), atirou contra um major do Exército durante uma briga em um posto de gasolina, na noite da última segunda-feira (30), em Camaragibe, no Grande Recife. O confronto deixou os dois militares feridos.

Segundo informações obtidas pelo g1, a confusão aconteceu no km 5 da Estrada de Aldeia e envolveu agressões físicas, uso de faca, vassoura e disparos de arma de fogo. O major Romero Bezerra Cavalcanti Mendes, de 51 anos, foi internado no Hospital Militar de Área do Recife (HMAR), no Centro da capital. Já o capitão reformado, de 64 anos, foi atendido no Centro Médico de Camaragibe e depois conduzido à delegacia. Ele é investigado por lesão corporal e disparo de arma de fogo.

De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual a TV Globo teve acesso, Delamo afirmou que estava com a esposa na loja de conveniência do posto quando o major a teria ofendido verbalmente. A discussão evoluiu para agressões: o major teria desferido um soco contra o capitão reformado, que reagiu pegando um facão. O major, por sua vez, teria tentado agredi-lo com uma vassoura, iniciando uma luta corporal.

Testemunhas relataram que o major correu até o carro e retornou com um objeto que aparentava ser uma arma. Em resposta, Delamo correu até o seu próprio veículo, pegou uma pistola calibre 9 mm e efetuou disparos — nenhum atingiu o major.

O capitão alegou legítima defesa, afirmando que acreditava que o major estivesse armado. Ainda segundo o boletim, Delamo não possui autorização legal para porte de arma.

g1 procurou os dois envolvidos, mas, até a publicação desta reportagem, nenhum deles havia se manifestado.

O Comando Militar do Nordeste (CMNE) informou que o major será submetido a processo administrativo interno. A Polícia Militar confirmou que atuou na ocorrência por meio do 20º Batalhão e acompanhou os envolvidos até as unidades de saúde.

A Polícia Civil registrou o caso por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que instaurou um inquérito. O Exército Brasileiro foi procurado, mas informou que não comentará o episódio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *