Lula dá bronca em sindicalistas da greve da Educação: “Não há razão”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-sindicalista, discursou nesta segunda-feira, dia 10, sobre a necessidade de estratégias claras para greves, enfatizando que estas devem ter um “tempo de começar e terminar”. A declaração foi feita durante um evento no Palácio do Planalto, voltado a anúncios de investimentos nas universidades e institutos federais, em um momento em que servidores da área estão em paralisação.
A greve tem tempo de começar e terminar, mas não pode terminar por inanição, se não as pessoas ficam desmoralizadas. O dirigente sindical tem que ter coragem de propor, negociar e tomar decisões, que não é o tudo ou nada”, afirmou Lula.
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Referindo-se à paralisação no setor da educação, o presidente disse que, ao se analisar o contexto, não há justificativa para a greve estar se prolongando tanto. “quem perde não é o reitor, mas o Brasil e os estudantes. No Brasil, está cheio de dirigente para começar a greve, mas não para acabar”, criticou o petista. Lula também mencionou que “não é por 3%, 2% ou 4% que a gente fica a vida inteira de greve”. Atualmente, os professores universitários estão paralisados há mais de 50 dias, e os técnicos-administrativos há quase 90 dias.
Durante o evento, Lula anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões para as universidades e institutos federais, qualificando o montante como “irrecusável”. O presidente classificou como “melancólicas” as instituições que enfrentam dificuldades financeiras para pagar contas básicas, como a de luz. O valor será distribuído da seguinte forma:
- R$ 3,7 bilhões para consolidação;
- R$ 1,75 bilhões para hospitais universitários;
- R$ 600 milhões para expansão.