Mesmo passageiro tenta entrar duas vezes com Mounjaro no Aeroporto do Recife; carga apreendida chega a R$ 1,8 milhão

A Receita Federal apreendeu, pela segunda vez em apenas quatro dias, uma carga milionária de canetas do medicamento Mounjaro, usado para tratamento de diabetes tipo 2 e popularizado como auxiliar para perda de peso. A nova apreensão ocorreu na noite desta terça-feira (15), no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, na Zona Sul da capital pernambucana.

Desta vez, foram interceptadas 249 canetas do remédio, avaliadas em cerca de R$ 800 mil. O mais surpreendente: a carga pertence ao mesmo passageiro que havia sido flagrado no último sábado (13), transportando outras 389 canetas, com valor estimado em R$ 1 milhão.

O material estava em uma bagagem desacompanhada, proveniente do Reino Unido, e chegou ao Brasil como parte da tentativa de burlar o controle aduaneiro. Apesar da reincidência, o homem — cuja identidade não foi revelada — foi novamente liberado, mas pode responder criminalmente por tentativa de importação irregular de medicamentos.

De acordo com a Receita Federal, o Mounjaro não tem autorização da Anvisa para comercialização no país. Sua importação é permitida apenas para uso pessoal, mediante prescrição médica e seguindo normas rígidas de transporte, incluindo refrigeração controlada entre 2 °C e 8 °C.

A prática de contrabando de medicamentos para emagrecimento, como o Mounjaro e o Ozempic, tem crescido no Brasil. Esses produtos são muitas vezes escondidos em malas, caixas de papelaria e até peças íntimas, colocando em risco a saúde pública e desafiando a fiscalização.

As duas cargas seguem retidas e sob análise das autoridades. A Receita Federal alerta que o uso e a comercialização desses medicamentos fora dos parâmetros legais podem trazer sérios riscos à saúde e resultar em processos administrativos e criminais.

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