Moraes determina vigilância 24h na casa de Bolsonaro por risco de fuga

Ministro do STF atendeu pedido de Lindbergh Farias e autorizou equipes de prontidão após PGR apontar necessidade de reforço

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que policiais penais do Distrito Federal mantenham equipes de prontidão, em tempo integral, próximo ao condomínio onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar, em Brasília.

A medida foi tomada após solicitação do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que alertou para risco de fuga de Bolsonaro. A decisão também seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou “prudente” o reforço da vigilância.


Pedido de asilo e risco de fuga

No despacho, Moraes citou informações obtidas pela Polícia Federal em que foi encontrado, no celular de Bolsonaro, um documento não enviado solicitando asilo à Argentina. O texto dizia que o ex-presidente era “perseguido por motivos políticos”.

Além disso, o ministro destacou que a casa onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar fica a poucos minutos da embaixada dos Estados Unidos, aumentando a preocupação com uma possível tentativa de fuga.


Atuação de Eduardo Bolsonaro

Moraes também registrou em sua decisão que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem atuado de forma “delitiva” para tentar interferir no julgamento do pai, inclusive quando estava em viagem ao exterior. O julgamento do mérito da ação penal contra Bolsonaro está marcado para ocorrer entre 2 e 12 de setembro no STF.


Discrição no monitoramento

Apesar da determinação, Moraes pediu que o monitoramento seja feito de forma discreta, sem exposição midiática e sem medidas que perturbem vizinhos ou interfiram na rotina domiciliar do ex-presidente.

Michelle Bolsonaro desabafa após Moraes ordenar monitoramento de Jair: “Perseguição e humilhações”

Ex-primeira-dama afirma enfrentar dias difíceis e cita promessa divina em meio ao reforço da vigilância determinada pelo STF

Imagem colorida do print da postagem de Michelle Bolsoanro sobre monitoramento de Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais, nesta terça-feira (26), para desabafar sobre o momento que vive ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na postagem, Michelle afirmou estar enfrentando um desafio “enorme” para “resistir à perseguição” e “suportar as humilhações”. A manifestação ocorreu horas depois de o ministro Alexandre de Moraes determinar que a Polícia Penal do Distrito Federal mantenha vigilância 24 horas por dia no entorno da residência de Bolsonaro.

“A cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações. Mas nós vamos vencer. Deus é bom o tempo todo, e nós temos uma promessa”, escreveu Michelle.


Prisão domiciliar e risco de fuga

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF. O reforço na vigilância foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou risco de fuga.

O pedido também teve origem em ofício enviado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que lembrou que a Polícia Federal encontrou, no celular do ex-presidente, um documento de solicitação de asilo à Argentina.


Pedido de monitoramento dentro da casa

Após a decisão de Moraes, a Polícia Federal encaminhou um ofício ao STF solicitando que o monitoramento seja feito dentro da residência, e não apenas nas imediações. O ministro encaminhou o pedido para análise da PGR.


O processo

As decisões contra Bolsonaro estão vinculadas ao inquérito 4.995, que investiga se o ex-presidente e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tentaram coagir testemunhas para interferir na ação penal nº 2.668. O processo apura a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O julgamento da ação penal está marcado para ocorrer no STF entre 2 e 12 de setembro. Pai e filho foram indiciados por coação no curso do processo, e Eduardo permanece nos Estados Unidos desde fevereiro.

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